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Rua Salvador Simões, 717 - Vila Dom Pedro IApartamento para locação próximo a Estação do Metro alto do Ipiranga, 2 dormitórios, 1 suite, terraço, área de lazer completa, 63 m.São Paulo - SPApartamento para locação próximo a Estação do Metro alto do Ipiranga, 2 dormitórios, 1 suite, terraço, área de lazer completa, 63 m.
Rua Doutor Clemente Jobim, 65 - Jardim da GlóriaStudio no Jardim da Gloria. 1 dormitório com suíte, com sacada. Lazer :Salão de Festas, Play Ground, Pet Place, Pet Agility, Home Office, Fitness, Churrasqueira e Bicicletário. Você sabia que existe um livro publicado sobre o bairro da Vila Mariana? Com o objetivo de registrar a memória dos bairros da capital paulista, o arquivo histórico municipal lançou em 1968 um concurso para eleger as melhores monografias sobre os bairros de São Paulo. Qualquer cidadão interessado pela história da cidade pode participar do concurso e inscrever sua monografia, os premiados são publicados pelo departamento. Desde o início do concurso já foram publicados 33 títulos sobre diversos bairros da cidade. Entre eles, quatro são de bairros do distrito; Moema, Vila Clementino, Ibirapuera e Vila Mariana, além de publicações sobre a história de bairros próximos, como Aclimação e Ipiranga. Alguns desses livros podem ser encontrados em sebos, escolas e bibliotecas públicas e também estão disponíveis em versão digital no site da secretária municipal de cultura. O livro “ O Bairro de Vila Mariana”, participou da terceira edição do concurso e foi publicado em 1971. Nele o autor Pedro Domingos Masarolo conta diversas histórias e curiosidades sobre lugares e personagens da região. Um dos mais relevantes para o desenvolvimento da Vila Mariana e por consequência bastante citado no livro, foi Carlos Petit. Filho de europeus que moravam na Consolação Petit, chegou à Vila por volta de 1855 e permaneceu até seus últimos dias. Foi o primeiro administrador do cemitério da Vila Mariana, vereador e tenente coronel da guarda nacional. Apesar de algumas versões que contam a história de outra forma, a versão mais aceita sobre a origem do nome Vila Mariana, aponta que foi Carlos Petit o responsável pelo nome do bairro, em homenagem a sua mãe Ana e sua esposa Maria. Antes de ser denominado como Vila Mariana, o bairro já foi informalmente chamado por outros nomes como apenas “Vila” e “Cruz das Almas”, segundo o autor, o nome “Cruz das Almas” foi dado por conta de duas cruzes que haviam na rua Afonso Celso, local onde supostamente havia ocorrido o homicídio de dois irmãos. Ainda segundo o livro, no local onde haviam essas cruzes servia como ponto de referência para um atalho à quem tinha como destino a rua Santa Cruz. Justificando assim, a popularidade das cruzes, que por um período deram nome ao bairro. Outro fato muito curioso apresentado no livro é de que algumas importantes vias da Vila Mariana mudaram de nome. Confira alguns exemplos: Rua Carlos Petit – A rua que até o ano de 1903 era conhecida como Humberto I, teve seu nome modificado para homenagear Carlos Petit que vivia com sua família nessa rua. E então, outra rua do bairro foi nomeada como Humberto I. Ambas permanecem com esses nomes até os dias atuais. Rua Domingos de Morais – Uma das mais famosas ruas da região, até por volta de 1910 era conhecida como “Estrada do Carro”. Rua Santa Cruz – A via que começa no cruzamento com a Rua Domingos de Morais, próximas à estação Santa Cruz, já foi conhecida como Rua Bela Vista. Segundo o Arquivo Histórico Municipal, o projeto está sendo retomado para atualizar algumas informações das monografias publicadas e lançar novas edições do concurso que estimula a população paulistana a conhecer e compartilhar cada vez mais a história dos seus bairros. Apartamento para Aluguel em região valorizada do bairro Jardim da Glória, em São Paulo. Não encontrou o que procurava ou deseja mais informações sobre Apartamento em São Paulo? Entre em contato com nossa equipe pelo telefone (11) 3271-1300. A Vieira Imóveis tem mais opções de apartamentos, casas residenciais e comerciais, sobrados, terrenos, lojas e barracões para venda ou locação, além de empreendimentos em construção ou lançamentos na planta em Jardim da Glória e em outras regiões de São Paulo. Aqui você encontra milhares de ofertas para encontrar o imóvel que mais combina com seu estilo de vida. Negocie seu imóvel de forma totalmente online, com segurança e tranquilidade. Na Vieira Imóveis você consegue comprar ou alugar um imóvel em São Paulo mesmo não estando na cidade e com a praticidade de fazer tudo online, direto do seu computador ou smartphone. Nós criamos soluções inovadoras para simplificar a relação de proprietários, inquilinos e compradores com o mercado imobiliário. Anuncie seu imóvel! É fácil, rápido e gratuito! A Vieira Imóveis é uma imobiliária digital com imóveis em diversas cidades do Brasil, incluindo São Paulo. Na Vieira Imóveis você consegue vender ou alugar seu imóvel muito mais rápido do que em imobiliárias tradicionais. Já vendemos e locamos diversos imóveis em São Paulo, especialmente em Jardim da Glória. Isso porque temos uma equipe de marketing digital focada em produzir campanhas específicas para São Paulo, o que aumenta muito o número de contatos interessados e tendo como consequência uma maior chance de vender ou alugar seu imóvel mais rápido. Contamos também com um time de programadores, corretores treinados e uma central de atendimento preparada para atender proprietários e inquilinos.São Paulo - SPStudio no Jardim da Gloria. 1 dormitório com suíte, com sacada. Lazer :Salão de Festas, Play Ground, Pet Place, Pet Agility, Home Office, Fitness, Churrasqueira e Bicicletário. Você sabia que existe um livro publicado sobre o bairro da Vila Mariana? Com o objetivo de registrar a memória dos bairros da capital paulista, o arquivo histórico municipal lançou em 1968 um concurso para eleger as melhores monografias sobre os bairros de São Paulo. Qualquer cidadão interessado pela história da cidade pode participar do concurso e inscrever sua monografia, os premiados são publicados pelo departamento. Desde o início do concurso já foram publicados 33 títulos sobre diversos bairros da cidade. Entre eles, quatro são de bairros do distrito; Moema, Vila Clementino, Ibirapuera e Vila Mariana, além de publicações sobre a história de bairros próximos, como Aclimação e Ipiranga. Alguns desses livros podem ser encontrados em sebos, escolas e bibliotecas públicas e também estão disponíveis em versão digital no site da secretária municipal de cultura. O livro “ O Bairro de Vila Mariana”, participou da terceira edição do concurso e foi publicado em 1971. Nele o autor Pedro Domingos Masarolo conta diversas histórias e curiosidades sobre lugares e personagens da região. Um dos mais relevantes para o desenvolvimento da Vila Mariana e por consequência bastante citado no livro, foi Carlos Petit. Filho de europeus que moravam na Consolação Petit, chegou à Vila por volta de 1855 e permaneceu até seus últimos dias. Foi o primeiro administrador do cemitério da Vila Mariana, vereador e tenente coronel da guarda nacional. Apesar de algumas versões que contam a história de outra forma, a versão mais aceita sobre a origem do nome Vila Mariana, aponta que foi Carlos Petit o responsável pelo nome do bairro, em homenagem a sua mãe Ana e sua esposa Maria. Antes de ser denominado como Vila Mariana, o bairro já foi informalmente chamado por outros nomes como apenas “Vila” e “Cruz das Almas”, segundo o autor, o nome “Cruz das Almas” foi dado por conta de duas cruzes que haviam na rua Afonso Celso, local onde supostamente havia ocorrido o homicídio de dois irmãos. Ainda segundo o livro, no local onde haviam essas cruzes servia como ponto de referência para um atalho à quem tinha como destino a rua Santa Cruz. Justificando assim, a popularidade das cruzes, que por um período deram nome ao bairro. Outro fato muito curioso apresentado no livro é de que algumas importantes vias da Vila Mariana mudaram de nome. Confira alguns exemplos: Rua Carlos Petit – A rua que até o ano de 1903 era conhecida como Humberto I, teve seu nome modificado para homenagear Carlos Petit que vivia com sua família nessa rua. E então, outra rua do bairro foi nomeada como Humberto I. Ambas permanecem com esses nomes até os dias atuais. Rua Domingos de Morais – Uma das mais famosas ruas da região, até por volta de 1910 era conhecida como “Estrada do Carro”. Rua Santa Cruz – A via que começa no cruzamento com a Rua Domingos de Morais, próximas à estação Santa Cruz, já foi conhecida como Rua Bela Vista. Segundo o Arquivo Histórico Municipal, o projeto está sendo retomado para atualizar algumas informações das monografias publicadas e lançar novas edições do concurso que estimula a população paulistana a conhecer e compartilhar cada vez mais a história dos seus bairros. Apartamento para Aluguel em região valorizada do bairro Jardim da Glória, em São Paulo. Não encontrou o que procurava ou deseja mais informações sobre Apartamento em São Paulo? Entre em contato com nossa equipe pelo telefone (11) 3271-1300. 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Rua Itajibá, 281 - Chácara InglesaApartamento para venda e locação na chácara inglesa, excelente localização, próximo de tudo apartamento recém reformado. com dois dormitórios sendo uma suíte, lavanderia e cozinha moderna estilo americana. Agende agora mesmo sua visita com o corretor.São Paulo - SPApartamento para venda e locação na chácara inglesa, excelente localização, próximo de tudo apartamento recém reformado. com dois dormitórios sendo uma suíte, lavanderia e cozinha moderna estilo americana. Agende agora mesmo sua visita com o corretor.
Rua Pedro de Toledo, 544 - Vila ClementinoSão Paulo - SP
Rua Pedro de Toledo, 544 - Vila Clementinoapartamento Duplex, aconchegante vista panorâmica, totalmente reformado, com closed, Piso em madeira e porcelanato, próximo de restaurantes, farmácias, escolas renomadas, próximo do metro Santa Cruz Linha ver de e Lilás.São Paulo - SPapartamento Duplex, aconchegante vista panorâmica, totalmente reformado, com closed, Piso em madeira e porcelanato, próximo de restaurantes, farmácias, escolas renomadas, próximo do metro Santa Cruz Linha ver de e Lilás.
Rua Heitor Peixoto, 725 - AclimaçãoEste apartamento padrão em locação está localizado no bairro do Cambuci, na cidade de São Paulo. Com uma área total de 80m² e uma área útil de 49m², este imóvel foi construído no ano de 1990 e pertence ao Condomínio Edifício Claudius. O apartamento possui 2 quartos e 2 salas, sendo uma ótima opção para quem busca um espaço prático e funcional. Atualmente desocupado, este imóvel não é mobiliado e está disponível para locação por um valor mensal de R$ 2.000. Aproveite esta oportunidade única e agende uma visita para conhecer este apartamento. Sua localização privilegiada e suas características tornam este imóvel uma excelente opção para quem deseja morar em uma região com infraestrutura completa e fácil acesso a diversos serviços.São Paulo - SPEste apartamento padrão em locação está localizado no bairro do Cambuci, na cidade de São Paulo. Com uma área total de 80m² e uma área útil de 49m², este imóvel foi construído no ano de 1990 e pertence ao Condomínio Edifício Claudius. O apartamento possui 2 quartos e 2 salas, sendo uma ótima opção para quem busca um espaço prático e funcional. Atualmente desocupado, este imóvel não é mobiliado e está disponível para locação por um valor mensal de R$ 2.000. Aproveite esta oportunidade única e agende uma visita para conhecer este apartamento. Sua localização privilegiada e suas características tornam este imóvel uma excelente opção para quem deseja morar em uma região com infraestrutura completa e fácil acesso a diversos serviços.
Rua Gaspar Fernandes, 735 - Vila MonumentoA Vila Monumento Trinidade Pantiga Espinosa 18 de novembro de 2010 Nossos bairros, nossas vidas Fui aluna de escolas estaduais que faziam exames de admissão rigorosíssimos. Em uma destas escolas, entrei em segundo lugar. Creditei este fato a uma descrição de gravura que fiz, descrição esta que aprendi a fazer com uma professora daqueles tempos em um curso preparatório. Pretendo, quase meio século depois, repetir o feito descrevendo a vila onde morei dos quatro aos sessenta anos de idade. Dizem que ao falarmos de nossas cidades, estaremos falando do mundo. Assim, deduzo que, ao falar da minha vila, falarei desta cidade. Falarei do meu quintal, do meu jardim… Descreverei a minha rua. Então, vamos ao que interessa! A Vila Monumento, outrora conhecida como “a barroca”, “os morros”, “o brejo seco” e até “o caminho dos bandeirantes” (como um velho e saudoso tio, morador do Brás, a chamava), era só pó vermelho, barro, neblina e escuridão. Minha rua, a Gaspar Fernandes, serpenteava a Vila de ponta a ponta. Rua de terra vermelha, terrenos baldios e meia dúzia de casas. A Vila Monumento fazia parte do miolo final do Bairro do Cambuci nos anos 40 e alguns quebrados, quando lá fui morar. Cruzando-se o córrego do Ipiranga, já era o Bairro do Ipiranga propriamente dito. Esta vila é limitada pela Avenida Dom Pedro I (na altura do monumento do Ipiranga, daí o nome da Vila). Faz limites, na outra ponta, com Vila Deodoro, na altura da Avenida Lins de Vasconcellos, onde se encontra o Grupo Escolar Professor Gomes Cardim, e também, após o cemitério de Vila Mariana e a Igreja de Santa Margarida Maria, faz fronteira com a Chácara colônia da Glória e a Chácara Klabin. Nesses tempos, toda a criançada do morro abaixo, ou seja, da “barroca”, subia a Rua Basílio da Cunha e estudava no Grupo Escolar Gomes Cardim. Na Avenida Lins de Vasconcellos havia sempre um escoteiro da turma do filho da professora Angelina Pacchi que atravessava os alunos. O grupo escolar servia sopa para os alunos da caixa e, aos sábados, havia canjica. Quem queria almoçar, pagava uma nota, manolita. As professoras separavam suas alunas pelas fitas no cabelo. Cada classe tinha uma cor de fita. Quem usasse tranças, teria de comprar dois lacinhos menores. Só a professora Dona Cecília, da primeira série, pedia um veludinho vermelho e meias pretas. Havia a Dona Olga, que tinha uma sala de aula toda encerada, mas desta professora não fui aluna. Fui aluna de Dona Cecília, Dona Jussara, Dona Emília e Dona Amelhinha. No dia da formatura do Grupo Escolar, fomos vestidas de organdi branco e cantamos "Batel da Esperança". Uma vez ao ano, cada aluno levava uma laranja, porque dariam óleo de rícino. Fiz operação das amídalas, daquele modo já descrito neste site – sem anestesia e com a promessa de tomar sorvetes. Em uma primavera, plantamos uma árvore e cantamos, "cavemos a terra, plantemos nossa árvore"… Na Igreja Santa Margarida Maria, as crianças faziam primeira comunhão e depois frequentavam as missas. O padre Sebastião fazia sermões muito compridos e todos ficaram alegres quando este fugiu com uma paroquiana que era filha de Maria. Na saída da missa, passava-se no cemitério para ver os túmulos e espiar também o cemitério israelita que fica junto ao outro. Algum tempo depois, a Vila Monumento passou a ter Igreja Rainha dos Apóstolos e as crianças venderam tijolinhos para a construção da mesma. E no final da Gaspar Fernandes também foi feito o Grupo Escolar Doutor Murtinho Nobre. Minha casa ficava quase no final da rua e estava mais próxima da Basílio da Cunha, Mesquita e Lins de Vasconcellos. Naqueles idos, a casa tinha poço e uma alavanca que carregava água para as torneiras do tanque e para uma outra que servia de bebedouro. O terreno era grande: cinquenta metros de fundos e tínhamos uma horta, um galinheiro, um papagaio, dois cachorros, um gato e uma cabrita. A cerca era de arame e passava-se para uma infinidade de terrenos vazios, onde nos esbaldávamos fazendo guerra de mamonas. Isso era apenas nossa casa. Quando a rua fazia a curva, havia a casa de minha amiguinha, Eni, cujos pais eram do norte da Itália. Isto do lado oposto da rua, onde havia um imenso barranco que servia de quintal para eles. Havia mais uma casa, de uma alemã que era toda cheia de novidades, cata-vento, essas coisas. Depois vinha a primeira esquina onde ficava o cavalo Guarani, o terror da criançada. Vinha então a capelinha de Santa Luzia, que abria uma vez ao ano, com foguetório e bandeirinhas. Do outro lado ficava a casa do bode, onde as mães levavam as cabritas para ficarem prenhas. E a casa da professora de corte e costura. Minha mãe fez o curso e tirou retrato de vestido longo e flor nos cabelos. A mãe da minha amiga dava aulas de tricô e fazia meias com quatro agulhas. Nós queríamos as ruas, as bicicletas e toda aquela poeira vermelha que nos deixava feito índios no final do dia. O circo que chegava ao terreno vazio quase esquina da Lins de Vasconcellos e que se alternava com o parque de diversões da roda gigante, Dangler, tinha prosa e barraquinhas de tiro ao alvo. Tínhamos medo só do cair da noite quando toda a criançada entrava e saia só dia seguinte, porque tínhamos receio de nos depararmos com a mula-sem-cabeça que soltava fogo pelas narinas, o moleque saci que trançava a crina do cavalo Guarani e as mil assombrações que vagavam pelas ruas sem calçamento e nem iluminação. A Rua Gaspar Fernandes era toda de imigrantes italianos, espanhóis, portugueses e alemães. Por último, como me ensinou a já citada professora, é preciso fazer a apreciação: Adorei a minha infância! Deixei a Rua Gaspar Fernandes ao me casar com um dos meus vizinhos e fui morar na rua abaixo de onde parti depois da morte do meu primeiro marido. Nesse momento, encerrei os sessenta primeiros, maravilhosos e inesquecíveis dias de minha vida. Ps: Feito "fênix", renasci das cinzas, casei-me novamente com um segundo e tão maravilhoso marido quanto o primeiro. Isso aos sessenta anos com um senhor de sessenta e cinco anos. Neste nosso contexto, onde mulheres de vinte e trinta anos, siliconadas, lipoaspiradas, temem ser rejeitadas, temem envelhecer, eu sou prova de que "toda idade tem a sua juventude, o seu encanto e o seu frescor"! A Vila Monumento Trinidade Pantiga Espinosa 18 de novembro de 2010 Nossos bairros, nossas vidas Fui aluna de escolas estaduais que faziam exames de admissão rigorosíssimos. Em uma destas escolas, entrei em segundo lugar. Creditei este fato a uma descrição de gravura que fiz, descrição esta que aprendi a fazer com uma professora daqueles tempos em um curso preparatório. Pretendo, quase meio século depois, repetir o feito descrevendo a vila onde morei dos quatro aos sessenta anos de idade. Dizem que ao falarmos de nossas cidades, estaremos falando do mundo. Assim, deduzo que, ao falar da minha vila, falarei desta cidade. Falarei do meu quintal, do meu jardim… Descreverei a minha rua. Então, vamos ao que interessa! A Vila Monumento, outrora conhecida como “a barroca”, “os morros”, “o brejo seco” e até “o caminho dos bandeirantes” (como um velho e saudoso tio, morador do Brás, a chamava), era só pó vermelho, barro, neblina e escuridão. Minha rua, a Gaspar Fernandes, serpenteava a Vila de ponta a ponta. Rua de terra vermelha, terrenos baldios e meia dúzia de casas. A Vila Monumento fazia parte do miolo final do Bairro do Cambuci nos anos 40 e alguns quebrados, quando lá fui morar. Cruzando-se o córrego do Ipiranga, já era o Bairro do Ipiranga propriamente dito. Esta vila é limitada pela Avenida Dom Pedro I (na altura do monumento do Ipiranga, daí o nome da Vila). Faz limites, na outra ponta, com Vila Deodoro, na altura da Avenida Lins de Vasconcellos, onde se encontra o Grupo Escolar Professor Gomes Cardim, e também, após o cemitério de Vila Mariana e a Igreja de Santa Margarida Maria, faz fronteira com a Chácara colônia da Glória e a Chácara Klabin. Nesses tempos, toda a criançada do morro abaixo, ou seja, da “barroca”, subia a Rua Basílio da Cunha e estudava no Grupo Escolar Gomes Cardim. Na Avenida Lins de Vasconcellos havia sempre um escoteiro da turma do filho da professora Angelina Pacchi que atravessava os alunos. O grupo escolar servia sopa para os alunos da caixa e, aos sábados, havia canjica. Quem queria almoçar, pagava uma nota, manolita. As professoras separavam suas alunas pelas fitas no cabelo. Cada classe tinha uma cor de fita. Quem usasse tranças, teria de comprar dois lacinhos menores. Só a professora Dona Cecília, da primeira série, pedia um veludinho vermelho e meias pretas. Havia a Dona Olga, que tinha uma sala de aula toda encerada, mas desta professora não fui aluna. Fui aluna de Dona Cecília, Dona Jussara, Dona Emília e Dona Amelhinha. No dia da formatura do Grupo Escolar, fomos vestidas de organdi branco e cantamos "Batel da Esperança". Uma vez ao ano, cada aluno levava uma laranja, porque dariam óleo de rícino. Fiz operação das amídalas, daquele modo já descrito neste site – sem anestesia e com a promessa de tomar sorvetes. Em uma primavera, plantamos uma árvore e cantamos, "cavemos a terra, plantemos nossa árvore"… Na Igreja Santa Margarida Maria, as crianças faziam primeira comunhão e depois frequentavam as missas. O padre Sebastião fazia sermões muito compridos e todos ficaram alegres quando este fugiu com uma paroquiana que era filha de Maria. Na saída da missa, passava-se no cemitério para ver os túmulos e espiar também o cemitério israelita que fica junto ao outro. Algum tempo depois, a Vila Monumento passou a ter Igreja Rainha dos Apóstolos e as crianças venderam tijolinhos para a construção da mesma. E no final da Gaspar Fernandes também foi feito o Grupo Escolar Doutor Murtinho Nobre. Minha casa ficava quase no final da rua e estava mais próxima da Basílio da Cunha, Mesquita e Lins de Vasconcellos. Naqueles idos, a casa tinha poço e uma alavanca que carregava água para as torneiras do tanque e para uma outra que servia de bebedouro. O terreno era grande: cinquenta metros de fundos e tínhamos uma horta, um galinheiro, um papagaio, dois cachorros, um gato e uma cabrita. A cerca era de arame e passava-se para uma infinidade de terrenos vazios, onde nos esbaldávamos fazendo guerra de mamonas. Isso era apenas nossa casa. Quando a rua fazia a curva, havia a casa de minha amiguinha, Eni, cujos pais eram do norte da Itália. Isto do lado oposto da rua, onde havia um imenso barranco que servia de quintal para eles. Havia mais uma casa, de uma alemã que era toda cheia de novidades, cata-vento, essas coisas. Depois vinha a primeira esquina onde ficava o cavalo Guarani, o terror da criançada. Vinha então a capelinha de Santa Luzia, que abria uma vez ao ano, com foguetório e bandeirinhas. Do outro lado ficava a casa do bode, onde as mães levavam as cabritas para ficarem prenhas. E a casa da professora de corte e costura. Minha mãe fez o curso e tirou retrato de vestido longo e flor nos cabelos. A mãe da minha amiga dava aulas de tricô e fazia meias com quatro agulhas. Nós queríamos as ruas, as bicicletas e toda aquela poeira vermelha que nos deixava feito índios no final do dia. O circo que chegava ao terreno vazio quase esquina da Lins de Vasconcellos e que se alternava com o parque de diversões da roda gigante, Dangler, tinha prosa e barraquinhas de tiro ao alvo. Tínhamos medo só do cair da noite quando toda a criançada entrava e saia só dia seguinte, porque tínhamos receio de nos depararmos com a mula-sem-cabeça que soltava fogo pelas narinas, o moleque saci que trançava a crina do cavalo Guarani e as mil assombrações que vagavam pelas ruas sem calçamento e nem iluminação. A Rua Gaspar Fernandes era toda de imigrantes italianos, espanhóis, portugueses e alemães. Por último, como me ensinou a já citada professora, é preciso fazer a apreciação: Adorei a minha infância! Deixei a Rua Gaspar Fernandes ao me casar com um dos meus vizinhos e fui morar na rua abaixo de onde parti depois da morte do meu primeiro marido. Nesse momento, encerrei os sessenta primeiros, maravilhosos e inesquecíveis dias de minha vida. Ps: Feito "fênix", renasci das cinzas, casei-me novamente com um segundo e tão maravilhoso marido quanto o primeiro. Isso aos sessenta anos com um senhor de sessenta e cinco anos. Neste nosso contexto, onde mulheres de vinte e trinta anos, siliconadas, lipoaspiradas, temem ser rejeitadas, temem envelhecer, eu sou prova de que "toda idade tem a sua juventude, o seu encanto e o seu frescor"! E-mail: trinesp@ig.com.br E-mail: trinesp@ig.com.brSão Paulo - SPA Vila Monumento Trinidade Pantiga Espinosa 18 de novembro de 2010 Nossos bairros, nossas vidas Fui aluna de escolas estaduais que faziam exames de admissão rigorosíssimos. Em uma destas escolas, entrei em segundo lugar. Creditei este fato a uma descrição de gravura que fiz, descrição esta que aprendi a fazer com uma professora daqueles tempos em um curso preparatório. Pretendo, quase meio século depois, repetir o feito descrevendo a vila onde morei dos quatro aos sessenta anos de idade. Dizem que ao falarmos de nossas cidades, estaremos falando do mundo. Assim, deduzo que, ao falar da minha vila, falarei desta cidade. Falarei do meu quintal, do meu jardim… Descreverei a minha rua. Então, vamos ao que interessa! 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E a casa da professora de corte e costura. Minha mãe fez o curso e tirou retrato de vestido longo e flor nos cabelos. A mãe da minha amiga dava aulas de tricô e fazia meias com quatro agulhas. Nós queríamos as ruas, as bicicletas e toda aquela poeira vermelha que nos deixava feito índios no final do dia. O circo que chegava ao terreno vazio quase esquina da Lins de Vasconcellos e que se alternava com o parque de diversões da roda gigante, Dangler, tinha prosa e barraquinhas de tiro ao alvo. Tínhamos medo só do cair da noite quando toda a criançada entrava e saia só dia seguinte, porque tínhamos receio de nos depararmos com a mula-sem-cabeça que soltava fogo pelas narinas, o moleque saci que trançava a crina do cavalo Guarani e as mil assombrações que vagavam pelas ruas sem calçamento e nem iluminação. A Rua Gaspar Fernandes era toda de imigrantes italianos, espanhóis, portugueses e alemães. Por último, como me ensinou a já citada professora, é preciso fazer a apreciação: Adorei a minha infância! Deixei a Rua Gaspar Fernandes ao me casar com um dos meus vizinhos e fui morar na rua abaixo de onde parti depois da morte do meu primeiro marido. Nesse momento, encerrei os sessenta primeiros, maravilhosos e inesquecíveis dias de minha vida. Ps: Feito "fênix", renasci das cinzas, casei-me novamente com um segundo e tão maravilhoso marido quanto o primeiro. Isso aos sessenta anos com um senhor de sessenta e cinco anos. Neste nosso contexto, onde mulheres de vinte e trinta anos, siliconadas, lipoaspiradas, temem ser rejeitadas, temem envelhecer, eu sou prova de que "toda idade tem a sua juventude, o seu encanto e o seu frescor"! A Vila Monumento Trinidade Pantiga Espinosa 18 de novembro de 2010 Nossos bairros, nossas vidas Fui aluna de escolas estaduais que faziam exames de admissão rigorosíssimos. Em uma destas escolas, entrei em segundo lugar. Creditei este fato a uma descrição de gravura que fiz, descrição esta que aprendi a fazer com uma professora daqueles tempos em um curso preparatório. Pretendo, quase meio século depois, repetir o feito descrevendo a vila onde morei dos quatro aos sessenta anos de idade. Dizem que ao falarmos de nossas cidades, estaremos falando do mundo. Assim, deduzo que, ao falar da minha vila, falarei desta cidade. Falarei do meu quintal, do meu jardim… Descreverei a minha rua. Então, vamos ao que interessa! A Vila Monumento, outrora conhecida como “a barroca”, “os morros”, “o brejo seco” e até “o caminho dos bandeirantes” (como um velho e saudoso tio, morador do Brás, a chamava), era só pó vermelho, barro, neblina e escuridão. Minha rua, a Gaspar Fernandes, serpenteava a Vila de ponta a ponta. Rua de terra vermelha, terrenos baldios e meia dúzia de casas. A Vila Monumento fazia parte do miolo final do Bairro do Cambuci nos anos 40 e alguns quebrados, quando lá fui morar. Cruzando-se o córrego do Ipiranga, já era o Bairro do Ipiranga propriamente dito. Esta vila é limitada pela Avenida Dom Pedro I (na altura do monumento do Ipiranga, daí o nome da Vila). Faz limites, na outra ponta, com Vila Deodoro, na altura da Avenida Lins de Vasconcellos, onde se encontra o Grupo Escolar Professor Gomes Cardim, e também, após o cemitério de Vila Mariana e a Igreja de Santa Margarida Maria, faz fronteira com a Chácara colônia da Glória e a Chácara Klabin. Nesses tempos, toda a criançada do morro abaixo, ou seja, da “barroca”, subia a Rua Basílio da Cunha e estudava no Grupo Escolar Gomes Cardim. Na Avenida Lins de Vasconcellos havia sempre um escoteiro da turma do filho da professora Angelina Pacchi que atravessava os alunos. O grupo escolar servia sopa para os alunos da caixa e, aos sábados, havia canjica. Quem queria almoçar, pagava uma nota, manolita. As professoras separavam suas alunas pelas fitas no cabelo. Cada classe tinha uma cor de fita. Quem usasse tranças, teria de comprar dois lacinhos menores. Só a professora Dona Cecília, da primeira série, pedia um veludinho vermelho e meias pretas. Havia a Dona Olga, que tinha uma sala de aula toda encerada, mas desta professora não fui aluna. Fui aluna de Dona Cecília, Dona Jussara, Dona Emília e Dona Amelhinha. No dia da formatura do Grupo Escolar, fomos vestidas de organdi branco e cantamos "Batel da Esperança". Uma vez ao ano, cada aluno levava uma laranja, porque dariam óleo de rícino. Fiz operação das amídalas, daquele modo já descrito neste site – sem anestesia e com a promessa de tomar sorvetes. Em uma primavera, plantamos uma árvore e cantamos, "cavemos a terra, plantemos nossa árvore"… Na Igreja Santa Margarida Maria, as crianças faziam primeira comunhão e depois frequentavam as missas. O padre Sebastião fazia sermões muito compridos e todos ficaram alegres quando este fugiu com uma paroquiana que era filha de Maria. Na saída da missa, passava-se no cemitério para ver os túmulos e espiar também o cemitério israelita que fica junto ao outro. Algum tempo depois, a Vila Monumento passou a ter Igreja Rainha dos Apóstolos e as crianças venderam tijolinhos para a construção da mesma. E no final da Gaspar Fernandes também foi feito o Grupo Escolar Doutor Murtinho Nobre. Minha casa ficava quase no final da rua e estava mais próxima da Basílio da Cunha, Mesquita e Lins de Vasconcellos. Naqueles idos, a casa tinha poço e uma alavanca que carregava água para as torneiras do tanque e para uma outra que servia de bebedouro. O terreno era grande: cinquenta metros de fundos e tínhamos uma horta, um galinheiro, um papagaio, dois cachorros, um gato e uma cabrita. A cerca era de arame e passava-se para uma infinidade de terrenos vazios, onde nos esbaldávamos fazendo guerra de mamonas. Isso era apenas nossa casa. Quando a rua fazia a curva, havia a casa de minha amiguinha, Eni, cujos pais eram do norte da Itália. Isto do lado oposto da rua, onde havia um imenso barranco que servia de quintal para eles. Havia mais uma casa, de uma alemã que era toda cheia de novidades, cata-vento, essas coisas. Depois vinha a primeira esquina onde ficava o cavalo Guarani, o terror da criançada. Vinha então a capelinha de Santa Luzia, que abria uma vez ao ano, com foguetório e bandeirinhas. Do outro lado ficava a casa do bode, onde as mães levavam as cabritas para ficarem prenhas. E a casa da professora de corte e costura. Minha mãe fez o curso e tirou retrato de vestido longo e flor nos cabelos. A mãe da minha amiga dava aulas de tricô e fazia meias com quatro agulhas. Nós queríamos as ruas, as bicicletas e toda aquela poeira vermelha que nos deixava feito índios no final do dia. O circo que chegava ao terreno vazio quase esquina da Lins de Vasconcellos e que se alternava com o parque de diversões da roda gigante, Dangler, tinha prosa e barraquinhas de tiro ao alvo. 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Rua Heitor Peixoto, 325 - CambuciLindo apartamento de 65m² com 2 dormitórios, sendo 1 suíte, 2 banheiros (no total), área de serviço, 2 vagas garagem. Box Varanda Armários no quarto Armários nos banheiros Armários na cozinha Chuveiro a gás Fogão incluso Geladeira inclusa Home-office Área de serviço Área de lazer: churrasqueira, playground, piscina, sala de ginástica, piscina infantil, salão de festa. Localizado próximo ao Parque da Aclimação. Fácil acesso à Av. Paulista e região central. Agende a sua visita!São Paulo - SPLindo apartamento de 65m² com 2 dormitórios, sendo 1 suíte, 2 banheiros (no total), área de serviço, 2 vagas garagem. Box Varanda Armários no quarto Armários nos banheiros Armários na cozinha Chuveiro a gás Fogão incluso Geladeira inclusa Home-office Área de serviço Área de lazer: churrasqueira, playground, piscina, sala de ginástica, piscina infantil, salão de festa. Localizado próximo ao Parque da Aclimação. Fácil acesso à Av. Paulista e região central. Agende a sua visita!
Avenida Doutor Altino Arantes, 958 - Vila ClementinoApartamento amplo, com varanda, lazer com piscina, play gourmet,l ocalização nobre de São Paulo, próximo do Parque do Ibirapuera, Hospital São Paulo, Escolas Renomadas, restaurantes, Hamburguerias, lojas, Bancos, farmácias, Salão de cabeleireiro Próximo ao Metrô Sta, Cruz e Hospital Ruben Berta. Confira agende sua visita. A Vila Clementino, diferente de outros bairros que nasceram ao redor de igrejas, teve o seu surgimento ao redor do Matadouro Municipal, que se instalou em 1887 e ficou por lá durante quarenta anos. O matadouro contribuiu para o povoamento da região.[1] Em 1891 José Antônio Coelho comprou a chamada “Chácara da Boa Vista”, na Vila Mariana, e a loteou, abrindo ruas. Coelho oficializou o nome "Vila Clementino" em homenagem ao Dr. Clementino de Souza e Castro, que exerceu as funções de Promotor Público, Juiz, Ministro do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi Presidente do Conselho da Intendência da Cidade de São Paulo, equivalente ao cargo de Prefeito nos dias de hoje.[2] No ano de 1897 o bairro apareceu pela primeira vez em um mapa, organizado por Gomes Cardim.[3] O aspecto rural da Vila Clementino só começou a ser alterado por volta dos anos sessenta. Ainda em 1958 haviam chácaras de imigrantes portugueses, trechos de mata, brejos e campos abertos. Era uma região sem energia elétrica e ligado ao centro da cidade por apenas um bonde ("Vila Clementino") e uma linha de ônibus(47/Vila Clementino). O único lazer dos moradores da região eram os campos de futebol que existiam em grande quantidade. [3] O local onde era o matadouro, hoje é a Cinemateca Brasileira, que no dia 2 de Fevereiro de 2016 sofreu um incêndio, o qual tomou sua parte que guardava rolos de filmes antigos, alguns originais, que faziam parte da história do audiovisual do país.[4] Monumentos A Vila Clementino foi palco de inúmeros monumentos significativos como: O Liceu Pasteur, que começou a funcionar com a intenção de ensinar a língua francesa no Brasil.[3] O projeto começou em 1908 com Geroges Dumas e Charles Richet, que iniciaram os trabalhos para criar um liceu franco-brasileiro, mas a eclosão da primeira guerra mundial adiou os planos do projeto que só foi concluído em 17 de maio de 1923 com o nome de Lyceu Franco-Brasileiro. Em 1941 devido a legislação brasileira da época o nome mudou para Liceu Pasteur, mas mantendo o mesmo objetivo de deus criadores.[5] A primeira e única grande fábrica construída na Vila Clementino,a "Belisário de Assis Fonseca", mais tarde denominada "Fiação e Tecelagem Santana". Foi inaugurada em 1892 e fechada em 1926[3]. A Escola Paulista de Medicina, criada em 1933 por Octávio de Carvalho.[3] São oferecidos na escola 35 programas para mais de 400 residentes. [6] O Instituto Biológico fundado em 1927 a fim de substituir a "Comissão de Estudo e Debelação da praga cafeeira".[3] Inicialmente batizado com o nome de Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, passou a se chamar em 1937 somente Instituto Biológico.[7] A Igreja São Francisco de Assis, localizada na rua Borges Lagoa 1209, inaugurada oficialmente em 29 de junho de 1941 e que foi sendo construída aos poucos a partir de doações da população.[3] Possui um amplo salão no qual sao realizados bazares beneficentes e serviços de apoio social aos mais necessitados[8] O único edifício voltado para espetáculos do bairro, o Teatro João Caetano.[3] Inaugurado em 25 de dezembro de 1952, possui 438 lugares, oferece espetáculos variados, desde peças infantis a peças eruditas. O nome do teatro é uma homenagem ao ator carioca João Caetano que viveu de 1808 a 1863, responsável pela primeira companhia nacional de atores.[9] Atualmente A Vila Clementino foi um bairro inicialmente residencial, teve grande crescimento nos últimos 20 anos devido a um aumento no número de imóveis à venda, e à diversificação dos serviços. O bairro possui também importantes centros hospitalares (Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital Paulista, Instituto do Sono e Hospital do Rim e Hipertensão) e associações (Fundação Dorina Nowill, APAE, AACD, Cruz Verde, GRAAC, Amparo Maternal entre outras). A expansão da linha 5 do Metrô de São Paulo (linha 5-lilás) trouxe ao bairro a estação Hospital São Paulo. Também localiza-se no bairro a maior parte das dependências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Cinemateca Brasileira, o tradicional colégio Liceu Pasteur, colégio Arquideocesano (Marista), colégio Nossa Senhora do Rosário, o Teatro Municipal João Caetano e o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e Clube Escola Ibirapuera e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP). A população atual do bairro é formada por profissionais liberais, funcionários públicos e comerciantes. As opções de lazer são restritas, muitos jardins foram cimentados e as altas construções restringiram muitas famílias ao acesso a luz solar.[3São Paulo - SPApartamento amplo, com varanda, lazer com piscina, play gourmet,l ocalização nobre de São Paulo, próximo do Parque do Ibirapuera, Hospital São Paulo, Escolas Renomadas, restaurantes, Hamburguerias, lojas, Bancos, farmácias, Salão de cabeleireiro Próximo ao Metrô Sta, Cruz e Hospital Ruben Berta. Confira agende sua visita. A Vila Clementino, diferente de outros bairros que nasceram ao redor de igrejas, teve o seu surgimento ao redor do Matadouro Municipal, que se instalou em 1887 e ficou por lá durante quarenta anos. O matadouro contribuiu para o povoamento da região.[1] Em 1891 José Antônio Coelho comprou a chamada “Chácara da Boa Vista”, na Vila Mariana, e a loteou, abrindo ruas. Coelho oficializou o nome "Vila Clementino" em homenagem ao Dr. Clementino de Souza e Castro, que exerceu as funções de Promotor Público, Juiz, Ministro do Tribunal de Justiça de São Paulo e foi Presidente do Conselho da Intendência da Cidade de São Paulo, equivalente ao cargo de Prefeito nos dias de hoje.[2] No ano de 1897 o bairro apareceu pela primeira vez em um mapa, organizado por Gomes Cardim.[3] O aspecto rural da Vila Clementino só começou a ser alterado por volta dos anos sessenta. Ainda em 1958 haviam chácaras de imigrantes portugueses, trechos de mata, brejos e campos abertos. Era uma região sem energia elétrica e ligado ao centro da cidade por apenas um bonde ("Vila Clementino") e uma linha de ônibus(47/Vila Clementino). O único lazer dos moradores da região eram os campos de futebol que existiam em grande quantidade. [3] O local onde era o matadouro, hoje é a Cinemateca Brasileira, que no dia 2 de Fevereiro de 2016 sofreu um incêndio, o qual tomou sua parte que guardava rolos de filmes antigos, alguns originais, que faziam parte da história do audiovisual do país.[4] Monumentos A Vila Clementino foi palco de inúmeros monumentos significativos como: O Liceu Pasteur, que começou a funcionar com a intenção de ensinar a língua francesa no Brasil.[3] O projeto começou em 1908 com Geroges Dumas e Charles Richet, que iniciaram os trabalhos para criar um liceu franco-brasileiro, mas a eclosão da primeira guerra mundial adiou os planos do projeto que só foi concluído em 17 de maio de 1923 com o nome de Lyceu Franco-Brasileiro. Em 1941 devido a legislação brasileira da época o nome mudou para Liceu Pasteur, mas mantendo o mesmo objetivo de deus criadores.[5] A primeira e única grande fábrica construída na Vila Clementino,a "Belisário de Assis Fonseca", mais tarde denominada "Fiação e Tecelagem Santana". Foi inaugurada em 1892 e fechada em 1926[3]. A Escola Paulista de Medicina, criada em 1933 por Octávio de Carvalho.[3] São oferecidos na escola 35 programas para mais de 400 residentes. [6] O Instituto Biológico fundado em 1927 a fim de substituir a "Comissão de Estudo e Debelação da praga cafeeira".[3] Inicialmente batizado com o nome de Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, passou a se chamar em 1937 somente Instituto Biológico.[7] A Igreja São Francisco de Assis, localizada na rua Borges Lagoa 1209, inaugurada oficialmente em 29 de junho de 1941 e que foi sendo construída aos poucos a partir de doações da população.[3] Possui um amplo salão no qual sao realizados bazares beneficentes e serviços de apoio social aos mais necessitados[8] O único edifício voltado para espetáculos do bairro, o Teatro João Caetano.[3] Inaugurado em 25 de dezembro de 1952, possui 438 lugares, oferece espetáculos variados, desde peças infantis a peças eruditas. O nome do teatro é uma homenagem ao ator carioca João Caetano que viveu de 1808 a 1863, responsável pela primeira companhia nacional de atores.[9] Atualmente A Vila Clementino foi um bairro inicialmente residencial, teve grande crescimento nos últimos 20 anos devido a um aumento no número de imóveis à venda, e à diversificação dos serviços. O bairro possui também importantes centros hospitalares (Hospital do Servidor Público Estadual, Hospital São Paulo, Hospital Edmundo Vasconcelos, Hospital Paulista, Instituto do Sono e Hospital do Rim e Hipertensão) e associações (Fundação Dorina Nowill, APAE, AACD, Cruz Verde, GRAAC, Amparo Maternal entre outras). A expansão da linha 5 do Metrô de São Paulo (linha 5-lilás) trouxe ao bairro a estação Hospital São Paulo. Também localiza-se no bairro a maior parte das dependências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Cinemateca Brasileira, o tradicional colégio Liceu Pasteur, colégio Arquideocesano (Marista), colégio Nossa Senhora do Rosário, o Teatro Municipal João Caetano e o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e Clube Escola Ibirapuera e o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP). A população atual do bairro é formada por profissionais liberais, funcionários públicos e comerciantes. As opções de lazer são restritas, muitos jardins foram cimentados e as altas construções restringiram muitas famílias ao acesso a luz solar.[3
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