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Rua Adalberto Kemeny, 82 - Barra Funda1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os pSão Paulo - SP1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p
Rua Adalberto Kemeny, 82 - Parque Industrial Tomas Edson1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogãoSão Paulo - SP1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão Cooktop dividindo a sala da cozinha; Terraço integrado ao dormitório e living; 1 Vaga de garagem Barra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os primeiros negros, presença que se intensificou nas décadas seguintes.[10] O sistema de transportes da região foi contemplado, em 1902, com o primeiro bonde elétrico de São Paulo, que ligava a Barra Funda ao Largo São Bento.[4] Acompanhando o trajeto do bonde, ruas como Barra Funda, Brigadeiro Galvão e Anhanguera, onde se localizava o ponto final, aglutinaram atividades comerciais e de serviços. O desenvolvimento deste polo comercial, assim como sua proximidade dos bairros Higienópolis e Campos Elíseos, atraiu alguns representantes da classe média cafeeira e industriais que nesta região passaram a residir, enquanto estabeleciam suas indústrias do outro lado do bairro, a Barra Funda de baixo.[11][6] Theatro São Pedro de 1917. E.E. Conselheiro Antônio Prado em 1929. Antonio Ferrigno - Estação Barra Funda. A divisão do bairro data da construção das linhas de trem que separaram a região localizada entre a linha de trem e a Marginal Tietê (Barra Funda de baixo) e a localizada entre a linha de trem e os Campos Elíseos (Barra Funda de cima). Por muito tempo, foram ligadas por duas porteiras, uma na rua Anhanguera e outra na rua Assis.[4] A parte de cima até hoje goza de maior infraestrutura e poder aquisitivo.[12] Diante da infraestrutura que o bairro possuía e da concentração de mão-de-obra, as primeiras décadas do século XX assistiram a uma ocupação industrial impressionante.[7] Além das indústrias instaladas na própria Barra Funda, na Água Branca, um grande parque industrial foi erguido na década de 1920: as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.[10] Com uma área de 100 mil metros quadrados, reuniam diversas atividades industriais e empregavam um grande número de moradores do bairro. Até uma estação de trem da São Paulo Railway foi construída nas mediações do parque industrial para o escoamento do que ali era produzido.[10] No entanto, o desenvolvimento econômico da região seria abalado pela Grande Depressão. Os casarões da antiga classe média cafeeira foram abandonados e, com o tempo, se transformaram em cortiços. Indústrias fecharam ou transferiram suas atividades. Ao bairro restaram as oficinas mecânicas, serrarias, marcenarias e indústrias alimentícias ou têxteis de pequeno porte.[4] No plano cultural, este período marcaria a história da música nacional.[13] A região é considerada um dos berços do samba paulista. O Largo da Banana era o ponto de encontro para os sambas de rodas, rodas de tiririca (capoeira) e serestas.[13] Conhecido assim pela venda de cachos de banana, o largo é louvado em sambas conhecidos, como nas letras de Geraldo Filme. Lá foi fundado por Dionísio Barbosa o primeiro cordão carnavalesco paulista, o Grupo Carnavalesco Barra Funda.[4] Formado por membros da população negra que se sentiam excluídos da Festa do Momo, o grupo teve que paralisar suas atividades nos anos 40 por problemas políticos.[9] Reorganizado como Camisa Verde por Inocêncio Tobias, foi perseguido pela polícia política de Vargas, confundido como simpatizante do Partido Integralista, até a alteração do nome para Camisa Verde e Branco. O primeiro desfile do grupo data de 1954, na comemoração do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.[13][14] Terminal Intermodal Barra Funda de 1989. Playcenter inaugurado em 1973. Os anos 1970 marcam a chegada dos migrantes nordestinos ao bairro. O polo industrial ali localizado nas primeiras décadas do século sofreu um processo crescente de refluxo com o fechamento, transferência ou falências das unidades produtoras, o que propiciou uma maior ocupação residencial do bairro com a chegada dos novos habitantes.[15] No início dos anos 1980, o setor industrial se apresentava quase reduzido a zero na região.[14] Porém, a partir de 1989, as coisas começaram a mudar. Foi inaugurado o Terminal Intermodal Barra Funda, que reúne todas as modalidades do transporte coletivo (metrô, trens de passageiros das antigas linhas Sorocabana e Santos-Jundiaí sob a administração da CPTM, transporte rodoviário, ônibus municipais e intermunicipais).[7] No mesmo ano, no antigo Largo da Banana, foi inaugurado o Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer. Estas transformações trouxeram nova vida ao bairro. Muitas casas deram lugar a estabelecimentos comerciais, prédios de negócios se instalaram e imóveis antigos foram revitalizados.[12] Em 1995, a Rede Record ali se estabeleceu e, em suas proximidades, o Parque Industrial Thomas Edison e o Centro Empresarial Água Branca foram inaugurados em 2001.[11] No campo cultural e de entretenimento, além do Memorial da América Latina, o bairro possui um galpão de exposições onde funciona regularmente o Mercado Mundo Mix, que reúne confecções e artigos de decoração de novos designers, o Theatro São Pedro, datado de 1917, e o Parque de Diversões Playcenter. Nos arredores se localizam também o Shopping West Plaza, o Parque Antártica, o Galpão Fábrica, o Parque da Água Branca e o Sesc Pompéia.[15] Atualidade Memorial e edifícios localizados nas adjacências do Terminal. Rede Record de Televisão. Edifícios residenciais modernos do bairro. Nos últimos anos, o bairro da Barra Funda tem passado por significativas transformações que refletem tanto a evolução urbana quanto as mudanças sociais e econômicas da cidade de São Paulo. Um dos marcos dessa transformação foi a desativação do Playcenter, um famoso parque de diversões que operou por décadas na região. O fechamento do Playcenter em 2012 marcou o fim de uma era, mas também abriu espaço para novos empreendimentos e iniciativas que visam revitalizar a área.[15] Um dos projetos mais notáveis que surgiram após a desativação do parque é o Jardim das Perdizes, um empreendimento que visa transformar a antiga área do Playcenter em um espaço residencial e comercial moderno. Este projeto é parte de uma tendência maior de revitalização urbana que busca integrar áreas anteriormente subutilizadas à dinâmica da cidade, promovendo um ambiente mais sustentável e acessível.[16][17] Além disso, a construção do Terminal Intermodal Barra Funda consolidou a região como um importante hub de transporte, facilitando o acesso a diferentes modalidades de transporte público, como metrô, trens e ônibus. Essa infraestrutura não apenas melhora a mobilidade dos moradores, mas também torna o bairro mais atrativo para empresas e novos empreendimentos.[18] A Barra Funda continua a ser um centro cultural vibrante. O Memorial da América Latina, projetado por Oscar Niemeyer, permanece como um dos principais pontos de atração do bairro, promovendo eventos culturais, exposições e atividades que celebram a diversidade latino-americana. O bairro também abriga o Theatro São Pedro, que, datado de 1917, é um importante espaço para a cena teatral paulistana.[18] Nos últimos anos, a Barra Funda tem visto um aumento na oferta de espaços de lazer e entretenimento, com a revitalização de áreas públicas e a criação de novos centros comerciais. O Shopping West Plaza e o Parque da Água Branca são exemplos de locais que oferecem opções de compras e lazer para os moradores e visitantes.[11][8] O bairro é classificado pelo CRECI como "Zona de Valor C", assim como outros bairros da capital como Santana e Tatuapé.[19] Apesar das melhorias, a Barra Funda enfrenta desafios, como a gentrificação, que pode levar ao aumento dos preços dos imóveis e à deslocação de moradores de longa data. A chegada de novos empreendimentos e a valorização da área podem criar tensões entre os antigos e novos moradores, exigindo um planejamento urbano cuidadoso para garantir que o desenvolvimento beneficie a todos.[9] BibliografiaBarra Funda é um bairro situado em parte na zona oeste do município de São Paulo, pertencente ao distrito da Barra Funda,[2][3] e em parte ao distrito de Santa Cecília, na zona central da cidade. É famoso por ser o bairro das escolas de samba Mancha Verde e Camisa Verde e Branco, e o local onde também se situa a sede da rede de televisão RecordTV, bem como o Memorial da América Latina, os centros de treinamento dos times de futebol Palmeiras e São Paulo. É atendido pela linha 3 do Metrô e pelas linhas 7 e 8 do Trem Metropolitano. História e formação O bairro da Barra Funda está inserido na área central de São Paulo, cuja origem é bastante interessante e remonta à fundação do Colégio pelos Jesuítas, em 1554. A posição geográfica privilegiada da cidade propiciou que se estabelecesse como centro de intenso intercâmbio econômico entre o planalto paulista e o litoral, além de ser um ponto central do sistema de comunicações, onde todos os caminhos, tanto terrestres quanto fluviais, se articulavam.[4] O processo de ocupação da área central da cidade, assim como as profundas transformações verificadas nos séculos XIX e XX, refletem as diversas fases da evolução urbana de São Paulo. Em meados do século XIX, a cidade era ainda bastante modesta, com a parte compacta restrita à extremidade do esporão que corresponde à confluência Tamanduateí-Anhangabaú, a parte antiga do atual centro paulistano. A cidade era circundada por chácaras que formavam um cinturão de características suburbanas, com funções residenciais e agrícolas.[5] Avenida Francisco Matarazzo na década de 1920. Central Telefônica Palmeiras em 1928. Antiga residência do escritor Mário de Andrade. O crescimento e desenvolvimento de São Paulo nas últimas décadas do século XIX propiciaram a ocupação das várzeas dos rios na cidade e o surgimento de novos bairros. Chácaras foram loteadas e a construção de estações de trem trouxeram novas atividades econômicas para estas regiões.[5] O bairro da Barra Funda é um bom exemplo deste processo. Lá se localizava a Chácara do Carvalho, divisão do antigo sítio de propriedade do Barão de Iguape, que abrangia ainda parte da Casa Verde e da Freguesia do Ó.[4] Herdada por Antônio da Silva Prado, a sede da Chácara foi encomendada a Luigi Puci em 1890, pouco tempo antes de suas terras serem loteadas.[6] A ocupação do bairro está estreitamente ligada à construção de estradas de ferro para escoamento da produção do café na cidade.[7] Em 1875, a estação Barra Funda da Estrada de Ferro Sorocabana foi inaugurada, integrando o primeiro trecho da linha.[7] A estação permaneceu como depósito e armazém de produtos transportados entre o porto e o interior até os anos 20, quando passou a transportar passageiros. Já a estação da São Paulo Railway, inaugurada em 1892, bem próxima à estação da Sorocabana, atendeu desde o início à crescente população do bairro, atraída pela demanda de trabalho gerada nos armazéns das ferrovias e de particulares.[6] Os primeiros habitantes da Barra Funda, após o loteamento da chácara, foram imigrantes italianos. Além dos trabalhos relacionados à ferrovia, estabeleceram em suas casas serrarias e oficinas mecânicas que atendiam à população abastada dos Campos Elíseos.[4] Porém, o que mais marca sua presença na Barra Funda é a construção civil. Até hoje, a maior parte das casas do bairro possui uma arquitetura simples com algumas características em comum: construções geminadas que possuem uma entrada lateral, uma fileira de cômodos, uma cozinha, um quintal e um porão. Esta arquitetura é conhecida como "ponta de chuva", por serem as casas traçadas pelos capomastri (mestres de obras) italianos com a ponta de um guarda-chuva na terra no início da construção.[8][9] No início do século XX, as características do bairro começaram a mudar. A população, que era predominantemente branca, passou a receber os p1 Dormitório com armário; Banheiro com box blindex; Living em 2 ambientes; Cozinha com armários planejados, integrada a sala, com fogão
Rua do Bosque, 1589 - Barra FundaImóvel térreo com mezanino, com 63,54 m², no piso frio, localizado na praça de alimentação do Edif. Lex Offices, Excelente localização ao lado do Fórum da Barra Funda. Excelente valor abaixo do valor de mercado por metro quadrado pedido. Valor pedido VENDA: R$ 650.000,00 Valor pedido LOCAÇÃO: R$ 4.000,00 = R$ 62,95 m² Condomínio: R$ 695,24 = R$ 11,04 m² IPTU: R$ 4.565,60 valor anual dividido em 10 parcelas, portanto o valor mensal é de R$ 456,56 = R$ 6,04 m²São Paulo - SPImóvel térreo com mezanino, com 63,54 m², no piso frio, localizado na praça de alimentação do Edif. Lex Offices, Excelente localização ao lado do Fórum da Barra Funda. Excelente valor abaixo do valor de mercado por metro quadrado pedido. Valor pedido VENDA: R$ 650.000,00 Valor pedido LOCAÇÃO: R$ 4.000,00 = R$ 62,95 m² Condomínio: R$ 695,24 = R$ 11,04 m² IPTU: R$ 4.565,60 valor anual dividido em 10 parcelas, portanto o valor mensal é de R$ 456,56 = R$ 6,04 m²
Rua Bandeira Paulista, 510 - Itaim BibiÓtima localização no Itaim, próximo Av. JK, Faria Lima e Rua João Cachoeira. Em frente ao Kinoplex. Ótimo comércio local. Sala para três ambientes com varanda, quartos com armários, cozinha planejada com armários, área de serviço com dependência de empregada e banheiro. Condomínio possui Piscina, playground, academia, salão de festas, churrasqueira. Duas vagas de garagem. Academia Aceita animais Área de lazer Área de serviço Armário na cozinha Banheiro de serviço Churrasqueira Condomínio fechado Piscina Playground Portão eletrônico Portaria 24h Salão de festas Itaim Bibi é um distrito situado na Zona Oeste[1] do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Pinheiros. Itaim Bibi é um distrito situado na Zona Oeste[1] do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Pinheiros. Popularmente[2] e em algumas reportagens[3][4] a região já pertenceu à Zona Sul, porém é administrada pela Subprefeitura de Pinheiros, sendo oficialmente integrada à Zona Oeste. A mudança administrativa ocorreu em 2002, na gestão Marta Suplicy, até então fazia parte da Zona Centro-Sul (Zona Sul), sendo administrado pela Subprefeitura de Santo Amaro.[5][6][7] A área do distrito é limitada pelo Rio Pinheiros, Av. Cidade Jardim, Av. Nove de Julho, Av. S. Gabriel, Av. Santo Amaro, Av. Roque Petroni Jr., até chegar novamente no Rio Pinheiros.[8] Abrange bairros como a Vila Olímpia, famosa pela agitada vida noturna, com seus restaurantes e casas de dança, e por ser sede de escritórios de empresas nacionais e internacionais O Distrito de Paz de Itaim foi criado por meio do Decreto Estadual nº 6 731 de 4 de outubro de 1934. A região que compõe o atual distrito tem suas origens ligadas às propriedades rurais do século XIX, que futuramente gerariam os seus atuais bairros. Manteve características rurais até o início do século XX. Uma das mais antigas propriedades pertenceu ao general José Couto de Magalhães, que, embora mineiro de Diamantina, formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco e foi presidente do estado de São Paulo. A área comprada em 1896 pelo político possuía baixo valor, pois sofria com as constantes inundações do rio Pinheiros, servindo para o lazer de seus proprietários. Ao longo dos anos foi chamada de Chácara do Itahy, Itahy significa "pedra pequena", na língua tupi; sua sede situava-se na atual rua Iguatemi, conhecida como Casa Bandeirista do Itaim: a casa, atualmente em ruínas, foi tombada pelo Patrimônio Histórico. Os herdeiros de José Vieira foram responsáveis pelo loteamento da área, pelo loteamento da chácara, vendida em pequenos lotes a italianos que produziam verduras e legumes. Esta região formou muitos dos atuais bairros do distrito, como Itaim Bibi e Chácara Itaim. Imigrantes portugueses também possuíam terras nas áreas mais altas da região. Outra importante fazenda foi a Casa Grande, latifúndio pertencente a Chico Mimi, localizado no encontro das atuais avenida Morumbi, Brito Peixoto e Godoy Colaço. Em 1832 a região era incorporada ao município de Santo Amaro existente até 1935, quando foi incorporado ao município de São Paulo. Esta área formou o bairro de Vila Cordeiro. O início do século XX trouxe desenvolvimento à região, trazendo a passagem de linhas de bondes, o transporte coletivo da época, pelo bairro de “quinto desvio” (futuro bairro de Brooklin Paulista). Nas décadas de 1920 e 1930 houve o loteamento e a junção de diversas propriedades rurais e áreas verdes, formando os bairros de Vila Olímpia e Brooklin. As áreas de várzea, menos valorizadas, eram ocupadas por indústrias de médio e grande porte, portos de areia e olarias, fornecedores de matéria prima para as construções. A partir da segunda metade do século, há uma mudança progressiva no comércio distrital, ampliou-se e deixou de servir somente a seus bairros, passando a atender também outras áreas, perdendo sua característica popular e industrial, tornando-se uma região abastada. No final da década de 1970 houve a criação de novas vias na cidade, como a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e a avenida Presidente Juscelino Kubitschek. Devido ao elevado custo dos terrenos na avenidas Paulista e Faria Lima, os bairros de Vila Olímpia e o Brooklin, onde estão localizadas, tornaram-se centros financeiros secundários da cidade. Até a década de 1990 algumas partes do distrito sofriam com as constantes inundações do rio Pinheiros e seus afluentes, o que trazia uma desvalorização e desinteresse imobiliário perante o território distrital. Para mudar este panorama, o mesmo recebeu importantes investimentos públicos, realizados pela Prefeitura do município, havendo melhoramentos em suas vias e obras de combate às enchentes. Isto gerou o interesse privado, que ao perceber a intensa valorização dos imóveis existentes, investiu em tecnologia de ponta, trazendo ao Itaim modernos edifícios e mega empreendimentos. O distrito abriga o bairro de Vila Olímpia, grande centro financeiro da cidade. Neles e em suas adjacências, como os bairros do Brooklin Novo, de Vila Cordeiro, Itaim Bibi, Vila Olímpia e Vila Gertrudes, existem inúmeros escritórios de multinacionais e empresas high tech como: Google, Nestlé, Internet Group, Yahoo!, Facebook, B2W Digital, Qualcomm, Intel, Symantec, Microsoft, Thomson Reuters, Barclays, Credit Suisse, Goldman Sachs, Terra Networks, Nokia, Samsung e HP. Outras sedes: Red Bull, Klabin, Tecnisa, Unilever, Heineken, EDP, CCR, EcoRodovias, Alpargatas S.A., Italac, Nestlé, P&G, The Walt Disney Company, CSN, Monsanto (empresa), Novartis e Ducoco Produtos Saudáveis. À beira da Marginal Pinheiros, é possível observar os novos marcos arquitetônicos da cidade, tais como: a Ponte Octávio Frias de Oliveira, o Hotel Hyatt, a sede da TV Globo São Paulo, o RochaVerá Plaza, o Centro Empresarial Nações Unidas, a antiga sede do BankBoston e o edifício Plaza Centenário. É famoso por sua agitada vida noturna, com seus restaurantes, casas de dança e centros comerciais, tais como: Brascan Open Mall, Market Place Shopping Center, Shopping Vila Olímpia e Shopping D&D. É também o distrito que contém dois dos bairros mais caros da cidade de São Paulo: Vila Olímpia e Chácara Itaim (bairro delimitado pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima, Presidente Juscelino Kubitscheck , Marginal Pinheiros e Cidade Jardim). Itaim Bibi é um distrito situado na Zona Oeste[1] do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Pinheiros. Itaim Bibi é um distrito situado na Zona Oeste[1] do município de São Paulo e é administrado pela subprefeitura de Pinheiros. Popularmente[2] e em algumas reportagens[3][4] a região já pertenceu à Zona Sul, porém é administrada pela Subprefeitura de Pinheiros, sendo oficialmente integrada à Zona Oeste. A mudança administrativa ocorreu em 2002, na gestão Marta Suplicy, até então fazia parte da Zona Centro-Sul (Zona Sul), sendo administrado pela Subprefeitura de Santo Amaro.[5][6][7] A área do distrito é limitada pelo Rio Pinheiros, Av. Cidade Jardim, Av. Nove de Julho, Av. S. Gabriel, Av. Santo Amaro, Av. Roque Petroni Jr., até chegar novamente no Rio Pinheiros.[8] Abrange bairros como a Vila Olímpia, famosa pela agitada vida noturna, com seus restaurantes e casas de dança, e por ser sede de escritórios de empresas nacionais e internacionais O Distrito de Paz de Itaim foi criado por meio do Decreto Estadual nº 6 731 de 4 de outubro de 1934. A região que compõe o atual distrito tem suas origens ligadas às propriedades rurais do século XIX, que futuramente gerariam os seus atuais bairros. Manteve características rurais até o início do século XX. Uma das mais antigas propriedades pertenceu ao general José Couto de Magalhães, que, embora mineiro de Diamantina, formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco e foi presidente do estado de São Paulo. A área comprada em 1896 pelo político possuía baixo valor, pois sofria com as constantes inundações do rio Pinheiros, servindo para o lazer de seus proprietários. Ao longo dos anos foi chamada de Chácara do Itahy, Itahy significa "pedra pequena", na língua tupi; sua sede situava-se na atual rua Iguatemi, conhecida como Casa Bandeirista do Itaim: a casa, atualmente em ruínas, foi tombada pelo Patrimônio Histórico. Os herdeiros de José Vieira foram responsáveis pelo loteamento da área, pelo loteamento da chácara, vendida em pequenos lotes a italianos que produziam verduras e legumes. Esta região formou muitos dos atuais bairros do distrito, como Itaim Bibi e Chácara Itaim. Imigrantes portugueses também possuíam terras nas áreas mais altas da região. Outra importante fazenda foi a Casa Grande, latifúndio pertencente a Chico Mimi, localizado no encontro das atuais avenida Morumbi, Brito Peixoto e Godoy Colaço. Em 1832 a região era incorporada ao município de Santo Amaro existente até 1935, quando foi incorporado ao município de São Paulo. Esta área formou o bairro de Vila Cordeiro. O início do século XX trouxe desenvolvimento à região, trazendo a passagem de linhas de bondes, o transporte coletivo da época, pelo bairro de “quinto desvio” (futuro bairro de Brooklin Paulista). Nas décadas de 1920 e 1930 houve o loteamento e a junção de diversas propriedades rurais e áreas verdes, formando os bairros de Vila Olímpia e Brooklin. As áreas de várzea, menos valorizadas, eram ocupadas por indústrias de médio e grande porte, portos de areia e olarias, fornecedores de matéria prima para as construções. A partir da segunda metade do século, há uma mudança progressiva no comércio distrital, ampliou-se e deixou de servir somente a seus bairros, passando a atender também outras áreas, perdendo sua característica popular e industrial, tornando-se uma região abastada. No final da década de 1970 houve a criação de novas vias na cidade, como a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e a avenida Presidente Juscelino Kubitschek. Devido ao elevado custo dos terrenos na avenidas Paulista e Faria Lima, os bairros de Vila Olímpia e o Brooklin, onde estão localizadas, tornaram-se centros financeiros secundários da cidade. Até a década de 1990 algumas partes do distrito sofriam com as constantes inundações do rio Pinheiros e seus afluentes, o que trazia uma desvalorização e desinteresse imobiliário perante o território distrital. Para mudar este panorama, o mesmo recebeu importantes investimentos públicos, realizados pela Prefeitura do município, havendo melhoramentos em suas vias e obras de combate às enchentes. Isto gerou o interesse privado, que ao perceber a intensa valorização dos imóveis existentes, investiu em tecnologia de ponta, trazendo ao Itaim modernos edifícios e mega empreendimentos. O distrito abriga o bairro de Vila Olímpia, grande centro financeiro da cidade. 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O início do século XX trouxe desenvolvimento à região, trazendo a passagem de linhas de bondes, o transporte coletivo da época, pelo bairro de “quinto desvio” (futuro bairro de Brooklin Paulista). Nas décadas de 1920 e 1930 houve o loteamento e a junção de diversas propriedades rurais e áreas verdes, formando os bairros de Vila Olímpia e Brooklin. As áreas de várzea, menos valorizadas, eram ocupadas por indústrias de médio e grande porte, portos de areia e olarias, fornecedores de matéria prima para as construções. A partir da segunda metade do século, há uma mudança progressiva no comércio distrital, ampliou-se e deixou de servir somente a seus bairros, passando a atender também outras áreas, perdendo sua característica popular e industrial, tornando-se uma região abastada. No final da década de 1970 houve a criação de novas vias na cidade, como a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e a avenida Presidente Juscelino Kubitschek. 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Rua Cristiano Viana, 328 - Cerqueira CésarO Radisson Pinheiros está situado em um dos bairros mais vibrantes e descolados de São Paulo, com fácil acesso à Avenida Faria Lima, à Marginal Pinheiros e a poucos minutos da Estação Fradique Coutinho do metrô. Rodeado por centros empresariais, coworkings, restaurantes renomados, bares badalados, galerias de arte e lojas autorais, o hotel é perfeito para quem busca mobilidade, conforto e um ambiente contemporâneo. Próximo também ao Instituto Tomie Ohtake, ao Shopping Eldorado e aos polos de inovação da cidade, o Radisson Pinheiros conecta você ao melhor do trabalho, lazer e cultura paulistana.São Paulo - SPO Radisson Pinheiros está situado em um dos bairros mais vibrantes e descolados de São Paulo, com fácil acesso à Avenida Faria Lima, à Marginal Pinheiros e a poucos minutos da Estação Fradique Coutinho do metrô. Rodeado por centros empresariais, coworkings, restaurantes renomados, bares badalados, galerias de arte e lojas autorais, o hotel é perfeito para quem busca mobilidade, conforto e um ambiente contemporâneo. Próximo também ao Instituto Tomie Ohtake, ao Shopping Eldorado e aos polos de inovação da cidade, o Radisson Pinheiros conecta você ao melhor do trabalho, lazer e cultura paulistana.
Rua Apeninos, 222 - AclimaçãoEndereço: Rua Apeninos, 222 • Região: Paraíso • Área do terreno: 2.261,16 m² • N° de pavimentos: 9 • N° de subsolos: 4 • Nº de elevadores: 3 • N° de escadas: 1 • N° de vagas: 1 • Gerador de energia com ligação automática no caso de interrupção do fornecimento de energia elétrica pela concessionária. • Sistema de circuito fechado de câmeras e monitoramento. • Sistema de acesso por catracas. Ao lado da estação Vergueiro do metrô • 600m da Av. 23 de Maio • 900m da Av. Paulista • Próximo dos principais hospitais da capital. Um alto arco torii vermelho marca a entrada da Liberdade, a região japonesa da cidade, onde as ruas são decoradas com lanternas. As opções gastronômicas incluem bares de sushi, lojas de ramen e barracas de macarrão yakisoba, bem como restaurantes chineses e coreanos. As lojas de presentes e os supermercados vendem quimonos, panelas e iguarias asiáticas importadas, enquanto a Feira da Liberdade, aos domingos, tem acessórios e artesanato. No século XIX, o bairro era conhecido como Bairro da Pólvora, em referência à Casa da Pólvora, construída em 1754 no largo da Pólvora. Era uma região periférica da cidade, e ficava no caminho entre o Centro da cidade de São Paulo e o então município de Santo Amaro. No bairro, se localizava o largo da Forca, assim nomeado em função da presença de uma forca que era utilizada para a execução da pena de morte. A forca havia sido transferida da rua Tabatinguera em 1604 a pedido dos religiosos do Convento do Carmo e funcionou até 1870. A partir de então, o largo passou a se chamar Largo da Liberdade, e o nome se estendeu a todo o bairro. Existem duas versões para a adoção do nome "Liberdade"ː uma diz que é uma referência a um levante de soldados que reivindicavam o aumento de seus salários à coroa portuguesa em 1821, e que teria resultado no enforcamento dos soldados Chaguinhas e Cotindiba. O público que acompanhava a execução, ao ver que as cordas que prendiam Chaguinhas arrebentaram várias vezes, teria começado a gritar "liberdade, liberdade". Outra versão diz que o nome Liberdade é uma referência à abolição da escravidão.[1][2] Em 1779, próximo ao então largo da Forca, foi instalado o primeiro cemitério público aberto da cidade, destinado a enterrar indigentes e condenados à forca. O cemitério funcionou até 1858, quando foi inaugurado o cemitério da Consolação em terras doadas pela Marquesa de Santos.[3] Conhecido atualmente por ser um bairro de orientais, a Liberdade era, originalmente, um bairro de negros. Abrigou organizações de ex-escravos e seus descendentes, como a Frente Negra Brasileira e, mais tarde, o Paulistano da Glória, que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme. Durante o século XIX, imigrantes portugueses e italianos construíram sobrados que, com o tempo, viraram pensões e repúblicas que seriam habitadas, nas primeiras décadas do século XX, por imigrantes japoneses. A presença japonesa no bairro começa quando, em 1912, os imigrantes japoneses começaram a residir na rua Conde de Sarzedas, ladeira íngreme, onde, na parte baixa, havia um riacho e uma área de várzea. Um dos motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Nesses quartos, moravam apenas grupos de pessoas. Para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade de São Paulo significava esperança por dias melhores. Por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho. Já nessa época, começaram a surgir as atividades comerciais: uma hospedaria, um empório, uma casa que fabricava tofu (queijo de soja), outra que fabricava manju (doce japonês) e também firmas agenciadoras de empregos, formando, assim, a "rua dos japoneses". Em 1915, foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, então em número aproximado de 300 pessoas. Em 1932, eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo. Eles vinham diretamente do Japão e também do interior de São Paulo, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, Conselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde, em 1914, foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira. Em 12 de outubro de 1946, foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de 1947, foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano, foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra inicia as atividades no mesmo ano. Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de 1947, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade. Em 23 de julho de 1953, Yoshikazu Tanaka inaugurou, na rua Galvão Bueno, um prédio de 5 andares, com salão, restaurante, hotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1 500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos, semanalmente, filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo. A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam, na região, os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows[5]) e Tokyo (rua São Joaquim – também igreja). Em abril de 1964, foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno. O ano de 1968 representou o início das mudanças no bairro. A Diametral Leste-Oeste obrigou o Cine Niterói, marco inicial da prosperidade do bairro, a se mudar para a esquina da Avenida Liberdade com a Rua Barão de Iguape (atualmente, funciona, no local, o Hotel Barão Lu). A rua Conselheiro Furtado, que era estreita, foi alargada, diminuindo a força comercial do local. Além disso, com a construção da Estação Liberdade do metrô, na década de 1970, alguns pontos comerciais da Rua Galvão Bueno e da Avenida Liberdade desapareceram. A Liberdade deixou de ser um reduto exclusivo dos japoneses. Muitos deixaram de residir na região, mantendo apenas seus estabelecimentos comerciais. Com isso, o bairro passou a ser procurado também por chineses e coreanos, o que fez com que o bairro não fosse apenas conhecido como o "bairro japonês", mas também como o "bairro oriental" de São Paulo. Além de lojas, restaurantes e bares orientais, o bairro passou a oferecer outros atrativos. A Praça da Liberdade é utilizada como palco para manifestações culturais, como o Bon Odori, dança folclórica japonesa. Os palcos dos cinemas japoneses passaram a receber também artistas e cantores japoneses. Em 1970, foi inaugurado os antigos estúdios da M. Okuhara TV Produções, atual IMJ Produções, onde foi produzido o programa Imagens do Japão, com Rosa Miyake. Graças à iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro recebeu decoração no estilo oriental, com a instalação de lanternas suzurantõ. Em 1973, a Liberdade foi vencedora do concurso de decoração de ruas das festas natalinas. Em 28 de janeiro de 1974, a Associação de Confraternização dos Lojistas passou a ser chamada oficialmente de Associação dos Lojistas da Liberdade. Seu primeiro presidente, Tsuyoshi Mizumoto, buscou a caracterização do bairro oriental. A Feira Oriental passou a ser organizada nas tardes de domingo, com barracas de comida típica e de artesanato, na Praça da Liberdade. No dia 18 de junho de 1978, por ocasião da comemoração dos 70 anos da imigração japonesa no Brasil, iniciou-se a prática do Rádio Taissô, na praça da Liberdade. São dezenas de pessoas que fazem uma sessão diária de ginástica. Nas décadas de 1980 e 1990, pequenas mudanças ocorreram no bairro. As casas noturnas foram gradativamente substituídas por karaokês, uma nova mania que começava a tomar conta do bairro. Atualmente, o bairro é conhecido como um bairro turístico. A rua Galvão Bueno, a rua São Joaquim e a Praça da Liberdade são pontos do bairro que transmitem melhor a presença japonesa. O bairro atrai muitos japoneses e nipo-brasileiros pelo comércio de roupas, alimentos, utensílios, festas típicas, entre outros, atraindo, também, não nipodescendentes. Um alto arco torii vermelho marca a entrada da Liberdade, a região japonesa da cidade, onde as ruas são decoradas com lanternas. As opções gastronômicas incluem bares de sushi, lojas de ramen e barracas de macarrão yakisoba, bem como restaurantes chineses e coreanos. As lojas de presentes e os supermercados vendem quimonos, panelas e iguarias asiáticas importadas, enquanto a Feira da Liberdade, aos domingos, tem acessórios e artesanato. No século XIX, o bairro era conhecido como Bairro da Pólvora, em referência à Casa da Pólvora, construída em 1754 no largo da Pólvora. Era uma região periférica da cidade, e ficava no caminho entre o Centro da cidade de São Paulo e o então município de Santo Amaro. No bairro, se localizava o largo da Forca, assim nomeado em função da presença de uma forca que era utilizada para a execução da pena de morte. A forca havia sido transferida da rua Tabatinguera em 1604 a pedido dos religiosos do Convento do Carmo e funcionou até 1870. A partir de então, o largo passou a se chamar Largo da Liberdade, e o nome se estendeu a todo o bairro. Existem duas versões para a adoção do nome "Liberdade"ː uma diz que é uma referência a um levante de soldados que reivindicavam o aumento de seus salários à coroa portuguesa em 1821, e que teria resultado no enforcamento dos soldados Chaguinhas e Cotindiba. O público que acompanhava a execução, ao ver que as cordas que prendiam Chaguinhas arrebentaram várias vezes, teria começado a gritar "liberdade, liberdade". Outra versão diz que o nome Liberdade é uma referência à abolição da escravidão.[1][2] Em 1779, próximo ao então largo da Forca, foi instalado o primeiro cemitério público aberto da cidade, destinado a enterrar indigentes e condenados à forca. O cemitério funcionou até 1858, quando foi inaugurado o cemitério da Consolação em terras doadas pela Marquesa de Santos.[3] Conhecido atualmente por ser um bairro de orientais, a Liberdade era, originalmente, um bairro de negros. Abrigou organizações de ex-escravos e seus descendentes, como a Frente Negra Brasileira e, mais tarde, o Paulistano da Glória, que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme. Durante o século XIX, imigrantes portugueses e italianos construíram sobrados que, com o tempo, viraram pensões e repúblicas que seriam habitadas, nas primeiras décadas do século XX, por imigrantes japoneses. A presença japonesa no bairro começa quando, em 1912, os imigrantes japoneses começaram a residir na rua Conde de Sarzedas, ladeira íngreme, onde, na parte baixa, havia um riacho e uma área de várzea. Um dos motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Nesses quartos, moravam apenas grupos de pessoas. Para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade de São Paulo significava esperança por dias melhores. Por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho. Já nessa época, começaram a surgir as atividades comerciais: uma hospedaria, um empório, uma casa que fabricava tofu (queijo de soja), outra que fabricava manju (doce japonês) e também firmas agenciadoras de empregos, formando, assim, a "rua dos japoneses". Em 1915, foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, então em número aproximado de 300 pessoas. Em 1932, eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo. Eles vinham diretamente do Japão e também do interior de São Paulo, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, Conselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde, em 1914, foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira. Em 12 de outubro de 1946, foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de 1947, foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano, foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra inicia as atividades no mesmo ano. Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de 1947, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade. Em 23 de julho de 1953, Yoshikazu Tanaka inaugurou, na rua Galvão Bueno, um prédio de 5 andares, com salão, restaurante, hotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1 500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos, semanalmente, filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo. A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam, na região, os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows[5]) e Tokyo (rua São Joaquim – também igreja). Em abril de 1964, foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno. O ano de 1968 representou o início das mudanças no bairro. A Diametral Leste-Oeste obrigou o Cine Niterói, marco inicial da prosperidade do bairro, a se mudar para a esquina da Avenida Liberdade com a Rua Barão de Iguape (atualmente, funciona, no local, o Hotel Barão Lu). A rua Conselheiro Furtado, que era estreita, foi alargada, diminuindo a força comercial do local. Além disso, com a construção da Estação Liberdade do metrô, na década de 1970, alguns pontos comerciais da Rua Galvão Bueno e da Avenida Liberdade desapareceram. A Liberdade deixou de ser um reduto exclusivo dos japoneses. Muitos deixaram de residir na região, mantendo apenas seus estabelecimentos comerciais. Com isso, o bairro passou a ser procurado também por chineses e coreanos, o que fez com que o bairro não fosse apenas conhecido como o "bairro japonês", mas também como o "bairro oriental" de São Paulo. Além de lojas, restaurantes e bares orientais, o bairro passou a oferecer outros atrativos. A Praça da Liberdade é utilizada como palco para manifestações culturais, como o Bon Odori, dança folclórica japonesa. Os palcos dos cinemas japoneses passaram a receber também artistas e cantores japoneses. Em 1970, foi inaugurado os antigos estúdios da M. Okuhara TV Produções, atual IMJ Produções, onde foi produzido o programa Imagens do Japão, com Rosa Miyake. Graças à iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro recebeu decoração no estilo oriental, com a instalação de lanternas suzurantõ. Em 1973, a Liberdade foi vencedora do concurso de decoração de ruas das festas natalinas. Em 28 de janeiro de 1974, a Associação de Confraternização dos Lojistas passou a ser chamada oficialmente de Associação dos Lojistas da Liberdade. Seu primeiro presidente, Tsuyoshi Mizumoto, buscou a caracterização do bairro oriental. A Feira Oriental passou a ser organizada nas tardes de domingo, com barracas de comida típica e de artesanato, na Praça da Liberdade. No dia 18 de junho de 1978, por ocasião da comemoração dos 70 anos da imigração japonesa no Brasil, iniciou-se a prática do Rádio Taissô, na praça da Liberdade. São dezenas de pessoas que fazem uma sessão diária de ginástica. Nas décadas de 1980 e 1990, pequenas mudanças ocorreram no bairro. As casas noturnas foram gradativamente substituídas por karaokês, uma nova mania que começava a tomar conta do bairro. Atualmente, o bairro é conhecido como um bairro turístico. A rua Galvão Bueno, a rua São Joaquim e a Praça da Liberdade são pontos do bairro que transmitem melhor a presença japonesa. O bairro atrai muitos japoneses e nipo-brasileiros pelo comércio de roupas, alimentos, utensílios, festas típicas, entre outros, atraindo, também, não nipodescendentes.São Paulo - SPEndereço: Rua Apeninos, 222 • Região: Paraíso • Área do terreno: 2.261,16 m² • N° de pavimentos: 9 • N° de subsolos: 4 • Nº de elevadores: 3 • N° de escadas: 1 • N° de vagas: 1 • Gerador de energia com ligação automática no caso de interrupção do fornecimento de energia elétrica pela concessionária. • Sistema de circuito fechado de câmeras e monitoramento. • Sistema de acesso por catracas. Ao lado da estação Vergueiro do metrô • 600m da Av. 23 de Maio • 900m da Av. Paulista • Próximo dos principais hospitais da capital. Um alto arco torii vermelho marca a entrada da Liberdade, a região japonesa da cidade, onde as ruas são decoradas com lanternas. As opções gastronômicas incluem bares de sushi, lojas de ramen e barracas de macarrão yakisoba, bem como restaurantes chineses e coreanos. As lojas de presentes e os supermercados vendem quimonos, panelas e iguarias asiáticas importadas, enquanto a Feira da Liberdade, aos domingos, tem acessórios e artesanato. No século XIX, o bairro era conhecido como Bairro da Pólvora, em referência à Casa da Pólvora, construída em 1754 no largo da Pólvora. Era uma região periférica da cidade, e ficava no caminho entre o Centro da cidade de São Paulo e o então município de Santo Amaro. No bairro, se localizava o largo da Forca, assim nomeado em função da presença de uma forca que era utilizada para a execução da pena de morte. A forca havia sido transferida da rua Tabatinguera em 1604 a pedido dos religiosos do Convento do Carmo e funcionou até 1870. A partir de então, o largo passou a se chamar Largo da Liberdade, e o nome se estendeu a todo o bairro. Existem duas versões para a adoção do nome "Liberdade"ː uma diz que é uma referência a um levante de soldados que reivindicavam o aumento de seus salários à coroa portuguesa em 1821, e que teria resultado no enforcamento dos soldados Chaguinhas e Cotindiba. O público que acompanhava a execução, ao ver que as cordas que prendiam Chaguinhas arrebentaram várias vezes, teria começado a gritar "liberdade, liberdade". Outra versão diz que o nome Liberdade é uma referência à abolição da escravidão.[1][2] Em 1779, próximo ao então largo da Forca, foi instalado o primeiro cemitério público aberto da cidade, destinado a enterrar indigentes e condenados à forca. O cemitério funcionou até 1858, quando foi inaugurado o cemitério da Consolação em terras doadas pela Marquesa de Santos.[3] Conhecido atualmente por ser um bairro de orientais, a Liberdade era, originalmente, um bairro de negros. Abrigou organizações de ex-escravos e seus descendentes, como a Frente Negra Brasileira e, mais tarde, o Paulistano da Glória, que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme. Durante o século XIX, imigrantes portugueses e italianos construíram sobrados que, com o tempo, viraram pensões e repúblicas que seriam habitadas, nas primeiras décadas do século XX, por imigrantes japoneses. A presença japonesa no bairro começa quando, em 1912, os imigrantes japoneses começaram a residir na rua Conde de Sarzedas, ladeira íngreme, onde, na parte baixa, havia um riacho e uma área de várzea. Um dos motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Nesses quartos, moravam apenas grupos de pessoas. Para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade de São Paulo significava esperança por dias melhores. Por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho. Já nessa época, começaram a surgir as atividades comerciais: uma hospedaria, um empório, uma casa que fabricava tofu (queijo de soja), outra que fabricava manju (doce japonês) e também firmas agenciadoras de empregos, formando, assim, a "rua dos japoneses". Em 1915, foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, então em número aproximado de 300 pessoas. Em 1932, eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo. Eles vinham diretamente do Japão e também do interior de São Paulo, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, Conselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde, em 1914, foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira. Em 12 de outubro de 1946, foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de 1947, foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano, foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra inicia as atividades no mesmo ano. Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de 1947, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade. Em 23 de julho de 1953, Yoshikazu Tanaka inaugurou, na rua Galvão Bueno, um prédio de 5 andares, com salão, restaurante, hotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1 500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos, semanalmente, filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo. A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam, na região, os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows[5]) e Tokyo (rua São Joaquim – também igreja). Em abril de 1964, foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno. O ano de 1968 representou o início das mudanças no bairro. A Diametral Leste-Oeste obrigou o Cine Niterói, marco inicial da prosperidade do bairro, a se mudar para a esquina da Avenida Liberdade com a Rua Barão de Iguape (atualmente, funciona, no local, o Hotel Barão Lu). A rua Conselheiro Furtado, que era estreita, foi alargada, diminuindo a força comercial do local. Além disso, com a construção da Estação Liberdade do metrô, na década de 1970, alguns pontos comerciais da Rua Galvão Bueno e da Avenida Liberdade desapareceram. A Liberdade deixou de ser um reduto exclusivo dos japoneses. Muitos deixaram de residir na região, mantendo apenas seus estabelecimentos comerciais. Com isso, o bairro passou a ser procurado também por chineses e coreanos, o que fez com que o bairro não fosse apenas conhecido como o "bairro japonês", mas também como o "bairro oriental" de São Paulo. Além de lojas, restaurantes e bares orientais, o bairro passou a oferecer outros atrativos. A Praça da Liberdade é utilizada como palco para manifestações culturais, como o Bon Odori, dança folclórica japonesa. Os palcos dos cinemas japoneses passaram a receber também artistas e cantores japoneses. Em 1970, foi inaugurado os antigos estúdios da M. Okuhara TV Produções, atual IMJ Produções, onde foi produzido o programa Imagens do Japão, com Rosa Miyake. Graças à iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro recebeu decoração no estilo oriental, com a instalação de lanternas suzurantõ. Em 1973, a Liberdade foi vencedora do concurso de decoração de ruas das festas natalinas. Em 28 de janeiro de 1974, a Associação de Confraternização dos Lojistas passou a ser chamada oficialmente de Associação dos Lojistas da Liberdade. Seu primeiro presidente, Tsuyoshi Mizumoto, buscou a caracterização do bairro oriental. A Feira Oriental passou a ser organizada nas tardes de domingo, com barracas de comida típica e de artesanato, na Praça da Liberdade. No dia 18 de junho de 1978, por ocasião da comemoração dos 70 anos da imigração japonesa no Brasil, iniciou-se a prática do Rádio Taissô, na praça da Liberdade. São dezenas de pessoas que fazem uma sessão diária de ginástica. Nas décadas de 1980 e 1990, pequenas mudanças ocorreram no bairro. As casas noturnas foram gradativamente substituídas por karaokês, uma nova mania que começava a tomar conta do bairro. Atualmente, o bairro é conhecido como um bairro turístico. A rua Galvão Bueno, a rua São Joaquim e a Praça da Liberdade são pontos do bairro que transmitem melhor a presença japonesa. O bairro atrai muitos japoneses e nipo-brasileiros pelo comércio de roupas, alimentos, utensílios, festas típicas, entre outros, atraindo, também, não nipodescendentes. Um alto arco torii vermelho marca a entrada da Liberdade, a região japonesa da cidade, onde as ruas são decoradas com lanternas. As opções gastronômicas incluem bares de sushi, lojas de ramen e barracas de macarrão yakisoba, bem como restaurantes chineses e coreanos. As lojas de presentes e os supermercados vendem quimonos, panelas e iguarias asiáticas importadas, enquanto a Feira da Liberdade, aos domingos, tem acessórios e artesanato. No século XIX, o bairro era conhecido como Bairro da Pólvora, em referência à Casa da Pólvora, construída em 1754 no largo da Pólvora. Era uma região periférica da cidade, e ficava no caminho entre o Centro da cidade de São Paulo e o então município de Santo Amaro. No bairro, se localizava o largo da Forca, assim nomeado em função da presença de uma forca que era utilizada para a execução da pena de morte. A forca havia sido transferida da rua Tabatinguera em 1604 a pedido dos religiosos do Convento do Carmo e funcionou até 1870. A partir de então, o largo passou a se chamar Largo da Liberdade, e o nome se estendeu a todo o bairro. Existem duas versões para a adoção do nome "Liberdade"ː uma diz que é uma referência a um levante de soldados que reivindicavam o aumento de seus salários à coroa portuguesa em 1821, e que teria resultado no enforcamento dos soldados Chaguinhas e Cotindiba. O público que acompanhava a execução, ao ver que as cordas que prendiam Chaguinhas arrebentaram várias vezes, teria começado a gritar "liberdade, liberdade". Outra versão diz que o nome Liberdade é uma referência à abolição da escravidão.[1][2] Em 1779, próximo ao então largo da Forca, foi instalado o primeiro cemitério público aberto da cidade, destinado a enterrar indigentes e condenados à forca. O cemitério funcionou até 1858, quando foi inaugurado o cemitério da Consolação em terras doadas pela Marquesa de Santos.[3] Conhecido atualmente por ser um bairro de orientais, a Liberdade era, originalmente, um bairro de negros. Abrigou organizações de ex-escravos e seus descendentes, como a Frente Negra Brasileira e, mais tarde, o Paulistano da Glória, que foi um sindicato de domésticas que virou escola de samba e era liderado pelo sambista Geraldo Filme. Durante o século XIX, imigrantes portugueses e italianos construíram sobrados que, com o tempo, viraram pensões e repúblicas que seriam habitadas, nas primeiras décadas do século XX, por imigrantes japoneses. A presença japonesa no bairro começa quando, em 1912, os imigrantes japoneses começaram a residir na rua Conde de Sarzedas, ladeira íngreme, onde, na parte baixa, havia um riacho e uma área de várzea. Um dos motivos de procurarem essa rua é que quase todos os imóveis tinham porões, e os aluguéis dos quartos no subsolo eram incrivelmente baratos. Nesses quartos, moravam apenas grupos de pessoas. Para aqueles imigrantes, aquele cantinho da cidade de São Paulo significava esperança por dias melhores. Por ser um bairro central, de lá poderiam se locomover facilmente para os locais de trabalho. Já nessa época, começaram a surgir as atividades comerciais: uma hospedaria, um empório, uma casa que fabricava tofu (queijo de soja), outra que fabricava manju (doce japonês) e também firmas agenciadoras de empregos, formando, assim, a "rua dos japoneses". Em 1915, foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, então em número aproximado de 300 pessoas. Em 1932, eram cerca de 2 mil os japoneses na cidade de São Paulo. Eles vinham diretamente do Japão e também do interior de São Paulo, após encerrarem o contrato de trabalho na lavoura. Todos vinham em busca de uma oportunidade na cidade. Cerca de 600 japoneses moravam na rua Conde de Sarzedas. Outros moravam nas ruas Irmã Simpliciana, Tabatinguera, Conde do Pinhal, Conselheiro Furtado, dos Estudantes e Tomás de Lima (hoje Mituto Mizumoto), onde, em 1914, foi fundado o Hotel Ueji, pioneiro dos hotéis japoneses em São Paulo. Os japoneses trabalhavam em mais de 60 atividades, mas quase todos os estabelecimentos funcionavam para atender a coletividade nipo-brasileira. Em 12 de outubro de 1946, foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de 1947, foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano, foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra inicia as atividades no mesmo ano. Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de 1947, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade. Em 23 de julho de 1953, Yoshikazu Tanaka inaugurou, na rua Galvão Bueno, um prédio de 5 andares, com salão, restaurante, hotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1 500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos, semanalmente, filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo. A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam, na região, os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Joia (na praça Carlos Gomes – hoje casa de shows[5]) e Tokyo (rua São Joaquim – também igreja). Em abril de 1964, foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno. O ano de 1968 representou o início das mudanças no bairro. A Diametral Leste-Oeste obrigou o Cine Niterói, marco inicial da prosperidade do bairro, a se mudar para a esquina da Avenida Liberdade com a Rua Barão de Iguape (atualmente, funciona, no local, o Hotel Barão Lu). A rua Conselheiro Furtado, que era estreita, foi alargada, diminuindo a força comercial do local. Além disso, com a construção da Estação Liberdade do metrô, na década de 1970, alguns pontos comerciais da Rua Galvão Bueno e da Avenida Liberdade desapareceram. A Liberdade deixou de ser um reduto exclusivo dos japoneses. Muitos deixaram de residir na região, mantendo apenas seus estabelecimentos comerciais. Com isso, o bairro passou a ser procurado também por chineses e coreanos, o que fez com que o bairro não fosse apenas conhecido como o "bairro japonês", mas também como o "bairro oriental" de São Paulo. Além de lojas, restaurantes e bares orientais, o bairro passou a oferecer outros atrativos. A Praça da Liberdade é utilizada como palco para manifestações culturais, como o Bon Odori, dança folclórica japonesa. Os palcos dos cinemas japoneses passaram a receber também artistas e cantores japoneses. Em 1970, foi inaugurado os antigos estúdios da M. Okuhara TV Produções, atual IMJ Produções, onde foi produzido o programa Imagens do Japão, com Rosa Miyake. Graças à iniciativa da Associação da Liberdade, o bairro recebeu decoração no estilo oriental, com a instalação de lanternas suzurantõ. Em 1973, a Liberdade foi vencedora do concurso de decoração de ruas das festas natalinas. Em 28 de janeiro de 1974, a Associação de Confraternização dos Lojistas passou a ser chamada oficialmente de Associação dos Lojistas da Liberdade. Seu primeiro presidente, Tsuyoshi Mizumoto, buscou a caracterização do bairro oriental. A Feira Oriental passou a ser organizada nas tardes de domingo, com barracas de comida típica e de artesanato, na Praça da Liberdade. No dia 18 de junho de 1978, por ocasião da comemoração dos 70 anos da imigração japonesa no Brasil, iniciou-se a prática do Rádio Taissô, na praça da Liberdade. São dezenas de pessoas que fazem uma sessão diária de ginástica. Nas décadas de 1980 e 1990, pequenas mudanças ocorreram no bairro. As casas noturnas foram gradativamente substituídas por karaokês, uma nova mania que começava a tomar conta do bairro. Atualmente, o bairro é conhecido como um bairro turístico. A rua Galvão Bueno, a rua São Joaquim e a Praça da Liberdade são pontos do bairro que transmitem melhor a presença japonesa. O bairro atrai muitos japoneses e nipo-brasileiros pelo comércio de roupas, alimentos, utensílios, festas típicas, entre outros, atraindo, também, não nipodescendentes.
Rua Heitor Penteado, 2050 - SumarezinhoO Condomínio Cloris está localizado na Rua Heitor Penteado, nos arredores de Sumarezinho, em São Paulo. Entre as comodidades oferecidas pela região, podemos encontrar Escola Professor M. de Oliveira, Vesper, Escola Estadual Professora Marina Cerqueira Cesar, Estação Vila Madalena, EE Profº Manuel Ciridião Buarque e EMEI Ana Maria Poppovic que facilitam o dia a dia. Os moradores contam com um espaço que reúne segurança e conforto. Dentro do Condomínio Cloris, é possível aproveitar portaria 24 horas e elevador, o cenário perfeito para quem deseja morar bem.São Paulo - SPO Condomínio Cloris está localizado na Rua Heitor Penteado, nos arredores de Sumarezinho, em São Paulo. Entre as comodidades oferecidas pela região, podemos encontrar Escola Professor M. de Oliveira, Vesper, Escola Estadual Professora Marina Cerqueira Cesar, Estação Vila Madalena, EE Profº Manuel Ciridião Buarque e EMEI Ana Maria Poppovic que facilitam o dia a dia. Os moradores contam com um espaço que reúne segurança e conforto. Dentro do Condomínio Cloris, é possível aproveitar portaria 24 horas e elevador, o cenário perfeito para quem deseja morar bem.
Rua Senador César Lacerda Vergueiro, 398 - SumarezinhoApartamento para locação, Vila Madalena, excelente localização, sala dois ambientes, 2 dormitorios 1 vaga, cozinha, area de serviço ila Madalena (ou Vila Madá) é um bairro nobre, hipster[1] e boêmio[2] da cidade de São Paulo situado no distrito de Pinheiros, na região oeste.[3] É o destino final da Linha 2 - Verde do Metrô, onde é servido por um terminal de ônibus. A Vila Madalena, localizada na zona oeste de São Paulo, é um bairro que combina história rica, diversidade cultural e uma vibrante vida urbana. Sua formação recente e as rápidas transformações que sofreu ao longo dos anos resultaram em um dos bairros mais icônicos e queridos da capital paulista.[4] História Antes da chegada dos colonizadores europeus, a área que hoje compreende a Vila Madalena era habitada por povos indígenas, principalmente da etnia Tupi-Guarani. Com a colonização portuguesa, a região passou a integrar as sesmarias distribuídas pelos colonizadores, mas permaneceu em grande parte rural e pouco povoada durante o período colonial.[4] Mapa do bairro em 1951. Vista aérea do bairro em 1941. Panorama do bairro em 2009, no dia do grande blecaute. A Vila dos Farrapos foi estabelecida no século XVI como parte da sesmaria doada ao bandeirantes Fernão Dias.[5] Ela era habitada por índios que migraram para o centro da cidade após a chegada dos jesuítas em 1554.[6] A região começava no Córrego do Rio Verde (nas imediações da Rua Girassol) e ia até o Córrego das Corujas (Rua Harmonia).[5] No século XIX, um fazendeiro português era dono de uma vasta quantidade de terras localizadas entre a região central de São Paulo e o rio Pinheiros. Ele tinha três filhas, Madalena, Beatriz e Ida, a quem distribuiu suas propriedades.[2] As áreas pertencentes às três moças deram origem a pequenos bairros vizinhos na zona oeste da cidade, posteriormente batizados com os nomes delas.[4] Essa história, embora simpática e popular entre os moradores e comerciantes da Vila Madalena, não é verdadeira, segundo o historiador e professor Eduardo José Afonso, da Unesp. Afonso, que estuda a história da Vila Madalena desde os anos 1980, afirma que suas pesquisas não demonstram evidências dessa narrativa.[7] Na década de 1910, as empresas Light e City consturíram uma estação de bonde na Vila Madalena.[4] O bairro, que até então era de terra, sem eletricidade, de difícil acesso e cortado por córregos, recebeu melhorias em sua infraestrutura e vários trabalhadores se instalaram na região. Ainda assim, o local era considerado rural e considerado perigoso, sendo apelidado de “Risca-Faca” por causa dos botecos locais.[6] Bairro no por-do-Sol. Vista noturna do bairro e de Alto de Pinheiros. Estação Vila Madalena De formação recente, o bairro da Vila Madalena sofreu grandes transformações em um curto período de tempo. Com loteamento inicial em meados da segunda década do século XX, o bairro foi mapeado apenas vinte anos depois, aparecendo pela primeira vez no Mappa Topographico do Município de São Paulo levantado pela Empresa Sara Brasil em 1930. Inicialmente, imigrantes começaram a se instalar na região, constituindo um bairro operário com ruas não asfaltadas e pequenas residências.[2] Entre os anos 1920 e 1930, houve uma grande imigração de portugueses após o loteamento do bairro realizado pela prefeitura.[8] A luz foi instalada em 1928.[6] Muitos deles vieram trabalhar na construção do Cemitério São Paulo, e construiram chácaras na região. Também houve uma grande imigração de italianos e espanhóis, e mais tarde de nordestinos.[5] Essas características permaneceram até 1946, quando a construção da Capela de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo trouxe melhorias significativas, como asfaltamento de ruas e expansão da infraestrutura, lideradas pelo Padre Olavo Pezzotti. A principal hipótese de Afonso para o surgimento do nome do bairro está ligada a uma capela com imagens de Santa Maria Madalena. Nos anos 1950, o santuário deu lugar à igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, que ainda está de pé na rua Girassol.[4] Na década de 1970, a presença crescente de estudantes da Universidade de São Paulo transformou a Vila Madalena em um reduto boêmio e artístico.[4] José Luís de França Pena foi uma figura influente nesse período, promovendo eventos como a Feira da Vila Madalena e o Centro Cultural Vila Madalena, que consolidaram o bairro como um centro cultural alternativo.[2] Nos anos 1970 e 1980, muitos estudantes passaram a alugar casas na Vila Madalena.[6] Em 1986, a Ditadura Militar fechou o Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (CRUSP),[9] fazendo com que estudantes da USP que frequentavam os bares locais alugassem casas no bairro.[10] Os aluguéis baratos também atraíam os hippies.[5] Os bares do bairro, como o Sujinho, viraram um ponto de encontro para hippies, intelectuais, militantes de esquerda e artistas.[5] A partir da década de 90, o bairro experimentou um crescimento vertiginoso de comércios e serviços relacionados à boemia e arte, tornando-se um ponto turístico de São Paulo.[8][9] Em 1990, houve um boom imobiliário na região, e foram construídos muitos prédios baixos e de luxo.[6][11] A partir dos anos 90, a Vila Madalena se transformou em um ponto turístico de São Paulo, conhecida por sua vida noturna animada, com bares e cafés que se estendem pelas calçadas.[1] A Rua Aspicuelta tornou-se o principal eixo boêmio, enquanto o Beco do Batman se destacou como uma galeria de grafite a céu aberto, atraindo visitantes de todas as partes do mundo.[2] São comuns manifestações artísticas no bairro. Na foto, grafites no muro do Cemitério São Paulo. Rua Heitor Penteado Arte de rua em campo de basquete. Cultura geral Ver artigo principal: Vila Madalena (telenovela) Em 2022, a Vila Madalena foi eleita um dos bairros mais legais do mundo pela revista inglesa Time Out, reforçando seu status internacional.[12] Este bairro é bastante conhecido por ser um reduto boêmio da cidade de São Paulo, desde o início dos anos 70, quando estudantes com pouco dinheiro passaram a morar por lá,[13][9] por causa da proximidade à Universidade de São Paulo e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Lá há grande concentração de bares e casas noturnas, além da escola de samba Pérola Negra.[1] O nome do bairro também serviu de título a uma novela da Rede Globo, na década de 1990. Por causa de sua fama de bairro jovem e boêmio e por estar próximo ao metrô, diversos albergues (hostels) se instalaram na região.[2] [1] A novela Vila Madalena, ambientada em São Paulo foi exibida no final dos anos 90. Escrita por Walther Negrão, morador do bairro, mostrava a rotina e os ambientes característicos da Vila Madalena e da cidade como um todo.[14] A população que constituiu o bairro era de imigrantes portugueses, sendo que somente após 1960 muitas ruas foram asfaltadas. Predominantemente residencial no início, a referência do bairro era a Igreja Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, cujo primeiro pároco foi o Pe. Olavo Pezzotti.[2] Fica na Rua Girassol, que tem este nome por causa de uma das casas perto da igreja que tinha um grande girassol amarelo no quintal. A autora Anna Flora, mestre em Teatro pela Universidade de São Paulo, apresenta o livro A República dos Argonautas, que mistura o regime militar brasileiro em suas dificuldades durante a década de 70 com as aventuras dos argonautas da mitologia grega.[15] A narradora, moradora do bairro, conta a influência da ditadura nos moradores da região e também nos jovens menores de dezoito anos. Naquela época, as pessoas do bairro se reuniam para se manifestar contra o governo ditatorial e mostrarem sua indignação em relação à censura e à falta de liberdade de expressão.[15] O jornalista e artista plástico Enio Squeff, publicou pela editora Boitempo em 2002 "Vila Madalena – Crônica histórica e sentimental", parte da série “Trilhas”: Os volumes apresentam visões pessoais sobre bairros e regiões da capital, com o objetivo de reunir dos materiais diversos sobre a construção das imagens pluralistas, social e culturalmente da cidade.[16] O bairro possui diversos moradores ilustres como: Edgard Scandurra, guitarrista e compositor,[17] Enio Squeff, artista plástico, crítico de música e jornalista,[18]Felipe Andreoli, repórter e comediante,[19] Hélio Schwartsman, jornalista,[20] Marcelino Freire, escritor,[21]Mariana Aydar, cantora,[22] Nick Cave, músico, Olivier Anquier, cozinheiro, modelo e apresentador de televisão,[23] Péricles Cavalcanti, compositor, cantor e cineasta[24] Rafael Cortez, jornalista, ator e músico,[25] Petra Leão, roteirista, redatora e cosplayer[26][27] Atualidade Ver artigo principal: Beco do Batman Beco do Batman São Cristóvão Bar e Restaurante, Rua Aspicuelta Tradicional bloco carnavalesco Kolombolo Dia Piratiniga. Em 13 de outubro de 2022, a Vila Madalena foi eleita um dos bairros mais legais do mundo pela revista inglesa Time Out, ocupando a 13ª posição.[12][28] A publicação destacou a vida noturna vibrante, os cafés, galerias e o famoso Beco do Batman,[29] uma galeria de grafite a céu aberto, como pontos altos que atraem visitantes de todas as partes.[30][31] É um bairro de alto-padrão, recebendo a classificação pelo CRECI como "Zona de Valor B", mesmo grau de: Jardim Paulistano, Alto de Santana e Pinheiros.[32] A Vila Madalena é conhecida por suas ruas íngremes e sinuosas, que seguem o relevo acidentado da região. As ruas que compõem o bairro têm nomes líricos e poéticos, como Rua Harmonia, Simpatia, Purpurina, dados pelos seus primeiros habitantes.[28] A arquitetura do bairro é eclética, mesclando residências modernas com casas antigas e ateliês de artistas.[15] O bairro é um centro cultural efervescente, com várias galerias de arte, estúdios de música e teatros alternativos.[16] Igrejas históricas, como a Igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, destacam-se pela arquitetura e pela importância religiosa para a comunidade local.[28] Situada em uma região de morros, a Vila Madalena apresenta um relevo irregular, com ruas que sobem e descem, proporcionando vistas panorâmicas da cidade.[15] A altitude média do bairro é de aproximadamente 770 metros. Apesar de ser um bairro densamente urbanizado, a Vila Madalena possui algumas áreas verdes notáveis, como a Praça Pôr do Sol localizada no bairro limítrofe de Alto de Pinheiros, que oferece um espaço de lazer e contemplação para moradores e visitantes.[16] A Vila Madalena é um bairro nobre da capital paulista. As praças e ruas arborizadas garantem tranquilidade em meio à agitação. O bairro vive uma transformação, entre demolições e construções de novos empreendimentos. A Vila Madalena continua a passar por transformações, com um crescente interesse imobiliário que traz novos empreendimentos para a região.[15][1] No entanto, ela mantém seu charme com suas ruas arborizadas e praças com uma mistura única de tradição e modernidade, a Vila Madalena permanece como um símbolo da vitalidade e do dinamismo de São Paulo,[1] uma verdadeira "vila das artes" que celebra a cultura, a história e o espírito coletivo.[29] O valor médio do metro quadrado é de R$14.745m² na venda e R$57,50m² na locação. O bairro conta com a estação de metrô Vila Madalena, na Linha Verde, que conecta com a Linha Azul e a Amarela. No mesmo local há um terminal de ônibus próximo a Pinheiros e à Avenida Paulista.[28] Hoje, o bairro abriga uma concentração ímpar de ateliês e centros de exposições artísticas. Lojas de vanguarda e escolas de música e teatro também compõem as características do lugar.[2] Portal da web do Museu da pessoa Arte de rua no bairro turístico. Beco do Aprendiz A associação de moradores organiza feiras para mostrar os talentos artísticos do bairro e um festival anual - a famosa "Feira da Vila" - que atrai gente de toda a cidade, com shows e barracas de artesanato. Uma vez por mês, as lojas e ateliês fazem um fim de semana com todos os produtos na calçada e uma van leva gratuitamente os visitantes para conhecer os pontos mais interessantes do bairro.[29] Devido ao grande número de galerias e estúdios de arte, mistura eclética de restaurantes (Nutty Bavarian é uma marca presente em grande quantidade na Vila Madalena por causa dos viajantes que passam por lá) e bares e uma série de ruas e becos grafitados, como as ruas do Beco do Batman,[16] que atraem jovens profissionais e inúmeras pessoas de diversas localidades, foi eleito o 13.º bairro mais legal do mundo de 2022 na publicação da revista Time Out.[33][34][31] A partir de 2014, o bairro, que vinha concentrando um grande número de festas populares, como os carnavais de rua, passou a ter estas atividades diminuídas.[8] Uma das maiores concentrações, e que causou mais polêmica, foi durante os jogos da Copa do Mundo de 2014, que chegou a reunir 70 mil pessoas de uma só vez, em eventos que ficaram conhecidos como "Carnacopa". Aquela grande concentração levou os moradores do bairro a ingressarem no Ministério Público com uma representação, naquele mesmo ano, denunciando alegados transtornos que passaram, como roubos, depredação, tráfico de drogas, atentado ao pudor e outros.[8] No carnaval de 2018, por proibição da prefeitura, pela primeira vez o bairro deixou de receber o tradicional desfile de blocos carnavalescos. No entanto, nem todos concordaram com esta decisão, como o jornalista e morador do bairro, Hélio Schwartsman.[20][28] A Vila Madalena fica próxima de importantes instituições de ensino superior, como a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).[8] Na área de escolas particulares, o bairro conta com o Colégio Palmares, o Colégio Snail e o Colégio Santa Clara.[16] As escolas públicas incluem a Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Zilda de Freitas e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Olavo Pezzotti. Os moradores da Vila Madalena têm acesso ao Pronto-Socorro Vila Madalena e ao Hospital São Camilo Pompeia.[30] A Vila Madalena é um destino popular para jovens e aqueles que buscam passeios alternativos.[1] A Rua Aspicuelta é o principal eixo boêmio, com bares como o Posto 6 e a Cervejaria Patriarca.[8] O Beco do Batman é uma atração imperdível para os amantes de arte de rua. Para quem gosta de curtir o fim de tarde, a Praça do Pôr do Sol oferece uma vista privilegiada da cidade.[30] Na gastronomia, o bairro oferece diversas opções, desde o restaurante vegetariano Quincho Cozinha & Coquetelaria até o Tuju e o Pé de Manga. A Vila Madalena é um bairro que combina história rica, diversidade cultural e inovação urbana, mantendo-se como um dos locais mais icônicos e queridos de São Paulo.[16][28] Bibliografia Ponciano, Levino (2001). Bairros paulistanos de A a Z. São Paulo: SENAC. pp. 107–108. ISBN 8573592230 SILVA, Renata Oliveira (2017). Transformações urbanas e culturais na Vila Madalena: um estudo sobre a gentrificação Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 10, n. 2 ed. São Paulo: ANPUR. pp. 45–67 ALMEIDA, João Carlos (2015). A formação histórica e cultural do bairro da Vila Madalena em São Paulo Revista História e Cidade, v. 8, n. 1 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 33–50 MARTINS, Fernanda Lopes (2018). O impacto da arte urbana na identidade cultural da Vila Madalena Revista Ponto Urbano, v. 12, n. 3 ed. São Paulo: FAU-USP. pp. 98–112São Paulo - SPApartamento para locação, Vila Madalena, excelente localização, sala dois ambientes, 2 dormitorios 1 vaga, cozinha, area de serviço ila Madalena (ou Vila Madá) é um bairro nobre, hipster[1] e boêmio[2] da cidade de São Paulo situado no distrito de Pinheiros, na região oeste.[3] É o destino final da Linha 2 - Verde do Metrô, onde é servido por um terminal de ônibus. A Vila Madalena, localizada na zona oeste de São Paulo, é um bairro que combina história rica, diversidade cultural e uma vibrante vida urbana. Sua formação recente e as rápidas transformações que sofreu ao longo dos anos resultaram em um dos bairros mais icônicos e queridos da capital paulista.[4] História Antes da chegada dos colonizadores europeus, a área que hoje compreende a Vila Madalena era habitada por povos indígenas, principalmente da etnia Tupi-Guarani. Com a colonização portuguesa, a região passou a integrar as sesmarias distribuídas pelos colonizadores, mas permaneceu em grande parte rural e pouco povoada durante o período colonial.[4] Mapa do bairro em 1951. Vista aérea do bairro em 1941. Panorama do bairro em 2009, no dia do grande blecaute. A Vila dos Farrapos foi estabelecida no século XVI como parte da sesmaria doada ao bandeirantes Fernão Dias.[5] Ela era habitada por índios que migraram para o centro da cidade após a chegada dos jesuítas em 1554.[6] A região começava no Córrego do Rio Verde (nas imediações da Rua Girassol) e ia até o Córrego das Corujas (Rua Harmonia).[5] No século XIX, um fazendeiro português era dono de uma vasta quantidade de terras localizadas entre a região central de São Paulo e o rio Pinheiros. Ele tinha três filhas, Madalena, Beatriz e Ida, a quem distribuiu suas propriedades.[2] As áreas pertencentes às três moças deram origem a pequenos bairros vizinhos na zona oeste da cidade, posteriormente batizados com os nomes delas.[4] Essa história, embora simpática e popular entre os moradores e comerciantes da Vila Madalena, não é verdadeira, segundo o historiador e professor Eduardo José Afonso, da Unesp. Afonso, que estuda a história da Vila Madalena desde os anos 1980, afirma que suas pesquisas não demonstram evidências dessa narrativa.[7] Na década de 1910, as empresas Light e City consturíram uma estação de bonde na Vila Madalena.[4] O bairro, que até então era de terra, sem eletricidade, de difícil acesso e cortado por córregos, recebeu melhorias em sua infraestrutura e vários trabalhadores se instalaram na região. Ainda assim, o local era considerado rural e considerado perigoso, sendo apelidado de “Risca-Faca” por causa dos botecos locais.[6] Bairro no por-do-Sol. Vista noturna do bairro e de Alto de Pinheiros. Estação Vila Madalena De formação recente, o bairro da Vila Madalena sofreu grandes transformações em um curto período de tempo. Com loteamento inicial em meados da segunda década do século XX, o bairro foi mapeado apenas vinte anos depois, aparecendo pela primeira vez no Mappa Topographico do Município de São Paulo levantado pela Empresa Sara Brasil em 1930. Inicialmente, imigrantes começaram a se instalar na região, constituindo um bairro operário com ruas não asfaltadas e pequenas residências.[2] Entre os anos 1920 e 1930, houve uma grande imigração de portugueses após o loteamento do bairro realizado pela prefeitura.[8] A luz foi instalada em 1928.[6] Muitos deles vieram trabalhar na construção do Cemitério São Paulo, e construiram chácaras na região. Também houve uma grande imigração de italianos e espanhóis, e mais tarde de nordestinos.[5] Essas características permaneceram até 1946, quando a construção da Capela de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo trouxe melhorias significativas, como asfaltamento de ruas e expansão da infraestrutura, lideradas pelo Padre Olavo Pezzotti. A principal hipótese de Afonso para o surgimento do nome do bairro está ligada a uma capela com imagens de Santa Maria Madalena. Nos anos 1950, o santuário deu lugar à igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, que ainda está de pé na rua Girassol.[4] Na década de 1970, a presença crescente de estudantes da Universidade de São Paulo transformou a Vila Madalena em um reduto boêmio e artístico.[4] José Luís de França Pena foi uma figura influente nesse período, promovendo eventos como a Feira da Vila Madalena e o Centro Cultural Vila Madalena, que consolidaram o bairro como um centro cultural alternativo.[2] Nos anos 1970 e 1980, muitos estudantes passaram a alugar casas na Vila Madalena.[6] Em 1986, a Ditadura Militar fechou o Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (CRUSP),[9] fazendo com que estudantes da USP que frequentavam os bares locais alugassem casas no bairro.[10] Os aluguéis baratos também atraíam os hippies.[5] Os bares do bairro, como o Sujinho, viraram um ponto de encontro para hippies, intelectuais, militantes de esquerda e artistas.[5] A partir da década de 90, o bairro experimentou um crescimento vertiginoso de comércios e serviços relacionados à boemia e arte, tornando-se um ponto turístico de São Paulo.[8][9] Em 1990, houve um boom imobiliário na região, e foram construídos muitos prédios baixos e de luxo.[6][11] A partir dos anos 90, a Vila Madalena se transformou em um ponto turístico de São Paulo, conhecida por sua vida noturna animada, com bares e cafés que se estendem pelas calçadas.[1] A Rua Aspicuelta tornou-se o principal eixo boêmio, enquanto o Beco do Batman se destacou como uma galeria de grafite a céu aberto, atraindo visitantes de todas as partes do mundo.[2] São comuns manifestações artísticas no bairro. Na foto, grafites no muro do Cemitério São Paulo. Rua Heitor Penteado Arte de rua em campo de basquete. Cultura geral Ver artigo principal: Vila Madalena (telenovela) Em 2022, a Vila Madalena foi eleita um dos bairros mais legais do mundo pela revista inglesa Time Out, reforçando seu status internacional.[12] Este bairro é bastante conhecido por ser um reduto boêmio da cidade de São Paulo, desde o início dos anos 70, quando estudantes com pouco dinheiro passaram a morar por lá,[13][9] por causa da proximidade à Universidade de São Paulo e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Lá há grande concentração de bares e casas noturnas, além da escola de samba Pérola Negra.[1] O nome do bairro também serviu de título a uma novela da Rede Globo, na década de 1990. Por causa de sua fama de bairro jovem e boêmio e por estar próximo ao metrô, diversos albergues (hostels) se instalaram na região.[2] [1] A novela Vila Madalena, ambientada em São Paulo foi exibida no final dos anos 90. Escrita por Walther Negrão, morador do bairro, mostrava a rotina e os ambientes característicos da Vila Madalena e da cidade como um todo.[14] A população que constituiu o bairro era de imigrantes portugueses, sendo que somente após 1960 muitas ruas foram asfaltadas. Predominantemente residencial no início, a referência do bairro era a Igreja Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, cujo primeiro pároco foi o Pe. Olavo Pezzotti.[2] Fica na Rua Girassol, que tem este nome por causa de uma das casas perto da igreja que tinha um grande girassol amarelo no quintal. A autora Anna Flora, mestre em Teatro pela Universidade de São Paulo, apresenta o livro A República dos Argonautas, que mistura o regime militar brasileiro em suas dificuldades durante a década de 70 com as aventuras dos argonautas da mitologia grega.[15] A narradora, moradora do bairro, conta a influência da ditadura nos moradores da região e também nos jovens menores de dezoito anos. Naquela época, as pessoas do bairro se reuniam para se manifestar contra o governo ditatorial e mostrarem sua indignação em relação à censura e à falta de liberdade de expressão.[15] O jornalista e artista plástico Enio Squeff, publicou pela editora Boitempo em 2002 "Vila Madalena – Crônica histórica e sentimental", parte da série “Trilhas”: Os volumes apresentam visões pessoais sobre bairros e regiões da capital, com o objetivo de reunir dos materiais diversos sobre a construção das imagens pluralistas, social e culturalmente da cidade.[16] O bairro possui diversos moradores ilustres como: Edgard Scandurra, guitarrista e compositor,[17] Enio Squeff, artista plástico, crítico de música e jornalista,[18]Felipe Andreoli, repórter e comediante,[19] Hélio Schwartsman, jornalista,[20] Marcelino Freire, escritor,[21]Mariana Aydar, cantora,[22] Nick Cave, músico, Olivier Anquier, cozinheiro, modelo e apresentador de televisão,[23] Péricles Cavalcanti, compositor, cantor e cineasta[24] Rafael Cortez, jornalista, ator e músico,[25] Petra Leão, roteirista, redatora e cosplayer[26][27] Atualidade Ver artigo principal: Beco do Batman Beco do Batman São Cristóvão Bar e Restaurante, Rua Aspicuelta Tradicional bloco carnavalesco Kolombolo Dia Piratiniga. Em 13 de outubro de 2022, a Vila Madalena foi eleita um dos bairros mais legais do mundo pela revista inglesa Time Out, ocupando a 13ª posição.[12][28] A publicação destacou a vida noturna vibrante, os cafés, galerias e o famoso Beco do Batman,[29] uma galeria de grafite a céu aberto, como pontos altos que atraem visitantes de todas as partes.[30][31] É um bairro de alto-padrão, recebendo a classificação pelo CRECI como "Zona de Valor B", mesmo grau de: Jardim Paulistano, Alto de Santana e Pinheiros.[32] A Vila Madalena é conhecida por suas ruas íngremes e sinuosas, que seguem o relevo acidentado da região. As ruas que compõem o bairro têm nomes líricos e poéticos, como Rua Harmonia, Simpatia, Purpurina, dados pelos seus primeiros habitantes.[28] A arquitetura do bairro é eclética, mesclando residências modernas com casas antigas e ateliês de artistas.[15] O bairro é um centro cultural efervescente, com várias galerias de arte, estúdios de música e teatros alternativos.[16] Igrejas históricas, como a Igreja de Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo, destacam-se pela arquitetura e pela importância religiosa para a comunidade local.[28] Situada em uma região de morros, a Vila Madalena apresenta um relevo irregular, com ruas que sobem e descem, proporcionando vistas panorâmicas da cidade.[15] A altitude média do bairro é de aproximadamente 770 metros. Apesar de ser um bairro densamente urbanizado, a Vila Madalena possui algumas áreas verdes notáveis, como a Praça Pôr do Sol localizada no bairro limítrofe de Alto de Pinheiros, que oferece um espaço de lazer e contemplação para moradores e visitantes.[16] A Vila Madalena é um bairro nobre da capital paulista. As praças e ruas arborizadas garantem tranquilidade em meio à agitação. O bairro vive uma transformação, entre demolições e construções de novos empreendimentos. A Vila Madalena continua a passar por transformações, com um crescente interesse imobiliário que traz novos empreendimentos para a região.[15][1] No entanto, ela mantém seu charme com suas ruas arborizadas e praças com uma mistura única de tradição e modernidade, a Vila Madalena permanece como um símbolo da vitalidade e do dinamismo de São Paulo,[1] uma verdadeira "vila das artes" que celebra a cultura, a história e o espírito coletivo.[29] O valor médio do metro quadrado é de R$14.745m² na venda e R$57,50m² na locação. O bairro conta com a estação de metrô Vila Madalena, na Linha Verde, que conecta com a Linha Azul e a Amarela. No mesmo local há um terminal de ônibus próximo a Pinheiros e à Avenida Paulista.[28] Hoje, o bairro abriga uma concentração ímpar de ateliês e centros de exposições artísticas. Lojas de vanguarda e escolas de música e teatro também compõem as características do lugar.[2] Portal da web do Museu da pessoa Arte de rua no bairro turístico. Beco do Aprendiz A associação de moradores organiza feiras para mostrar os talentos artísticos do bairro e um festival anual - a famosa "Feira da Vila" - que atrai gente de toda a cidade, com shows e barracas de artesanato. Uma vez por mês, as lojas e ateliês fazem um fim de semana com todos os produtos na calçada e uma van leva gratuitamente os visitantes para conhecer os pontos mais interessantes do bairro.[29] Devido ao grande número de galerias e estúdios de arte, mistura eclética de restaurantes (Nutty Bavarian é uma marca presente em grande quantidade na Vila Madalena por causa dos viajantes que passam por lá) e bares e uma série de ruas e becos grafitados, como as ruas do Beco do Batman,[16] que atraem jovens profissionais e inúmeras pessoas de diversas localidades, foi eleito o 13.º bairro mais legal do mundo de 2022 na publicação da revista Time Out.[33][34][31] A partir de 2014, o bairro, que vinha concentrando um grande número de festas populares, como os carnavais de rua, passou a ter estas atividades diminuídas.[8] Uma das maiores concentrações, e que causou mais polêmica, foi durante os jogos da Copa do Mundo de 2014, que chegou a reunir 70 mil pessoas de uma só vez, em eventos que ficaram conhecidos como "Carnacopa". Aquela grande concentração levou os moradores do bairro a ingressarem no Ministério Público com uma representação, naquele mesmo ano, denunciando alegados transtornos que passaram, como roubos, depredação, tráfico de drogas, atentado ao pudor e outros.[8] No carnaval de 2018, por proibição da prefeitura, pela primeira vez o bairro deixou de receber o tradicional desfile de blocos carnavalescos. No entanto, nem todos concordaram com esta decisão, como o jornalista e morador do bairro, Hélio Schwartsman.[20][28] A Vila Madalena fica próxima de importantes instituições de ensino superior, como a Pontifícia Universidade Católica (PUC) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).[8] Na área de escolas particulares, o bairro conta com o Colégio Palmares, o Colégio Snail e o Colégio Santa Clara.[16] As escolas públicas incluem a Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Zilda de Freitas e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Olavo Pezzotti. Os moradores da Vila Madalena têm acesso ao Pronto-Socorro Vila Madalena e ao Hospital São Camilo Pompeia.[30] A Vila Madalena é um destino popular para jovens e aqueles que buscam passeios alternativos.[1] A Rua Aspicuelta é o principal eixo boêmio, com bares como o Posto 6 e a Cervejaria Patriarca.[8] O Beco do Batman é uma atração imperdível para os amantes de arte de rua. Para quem gosta de curtir o fim de tarde, a Praça do Pôr do Sol oferece uma vista privilegiada da cidade.[30] Na gastronomia, o bairro oferece diversas opções, desde o restaurante vegetariano Quincho Cozinha & Coquetelaria até o Tuju e o Pé de Manga. A Vila Madalena é um bairro que combina história rica, diversidade cultural e inovação urbana, mantendo-se como um dos locais mais icônicos e queridos de São Paulo.[16][28] Bibliografia Ponciano, Levino (2001). Bairros paulistanos de A a Z. São Paulo: SENAC. pp. 107–108. ISBN 8573592230 SILVA, Renata Oliveira (2017). Transformações urbanas e culturais na Vila Madalena: um estudo sobre a gentrificação Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 10, n. 2 ed. São Paulo: ANPUR. pp. 45–67 ALMEIDA, João Carlos (2015). A formação histórica e cultural do bairro da Vila Madalena em São Paulo Revista História e Cidade, v. 8, n. 1 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 33–50 MARTINS, Fernanda Lopes (2018). O impacto da arte urbana na identidade cultural da Vila Madalena Revista Ponto Urbano, v. 12, n. 3 ed. São Paulo: FAU-USP. pp. 98–112
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